Esporte
Conquista histórica: ginástica brasileira garante a 1ª medalha olímpica por equipes
Time feminino é bronze em Paris; Estados Unidos levam o ouro e Itália fica com a prata


O time feminino brasileiro de ginástica artística fez história nesta terça-feira 30, em Paris, com a conquista da medalha de bronze na disputa por equipes. Foi a primeira medalha olímpica do Brasil na competição por equipes.
Rebeca Andrade, Jade Barbosa, Flávia Saraiva, Júlia Soares e Lorrane Oliveira só foram superadas pelas americanas (que levaram o ouro) e pelas italianas (que conquistaram a prata).
A disputa foi emocionante até os últimos instantes. Enquanto a equipe dos Estados Unidos, liderada por Simone Biles, dominou desde as primeiras rotações, as brasileiras travaram uma disputa apertada contra italianas, britânicas, canadenses e chinesas.
A confirmação da medalha veio na última nota britânica. As brasileiras já haviam completado todas as apresentações e aguardavam, ansiosas. Após a confirmação do resultado, o time explodiu em emoção na arena.
Até os Jogos de Atenas, em 2004, o Brasil jamais havia enviado uma equipe completa para as competições olímpicas de ginástica. A medalha, 20 anos depois, é a coroação de um trabalho de décadas.
As disputas da ginástica continuam nos próximos dias, e o Brasil tem chance de novas medalhas nas provas individuais. A próxima competição é a final do individual geral, que acontece na quinta-feira 1º. Rebeca Andrade e Flávia Saraiva estão classificadas.
Um dos grandes nomes da história do esporte, Rebeca disputará ainda três finais por aparelhos: salto, solo e trave. Júlia Soares estará na final individual da trave. As finais por aparelhos acontecem a partir do sábado 3.
Esta foi a quarta medalha conquistada pelo Brasil em Paris. Antes, o País já tinha obtido duas no judô (Willian Lima, prata até 66 quilos; e Larissa Pimenta, bronze até 52 quilos) e uma no skate (Rayssa Leal, bronze no street feminino).
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.