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Lula se diz assustado com declaração de Maduro sobre ‘banho de sangue’ caso perca na Venezuela

O petista voltou a cobrar do presidente venezuelano respeito ao resultado da votação no próximo domingo 28

Lula se diz assustado com declaração de Maduro sobre ‘banho de sangue’ caso perca na Venezuela
Lula se diz assustado com declaração de Maduro sobre ‘banho de sangue’ caso perca na Venezuela
O presidente Lula em entrevista a agências internacionais em 22 de julho de 2024. Foto: Evaristo Sá/AFP
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O presidente Lula (PT) afirmou nesta segunda-feira 22 ter ficado assustado com uma declaração do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, sobre um suposto “banho de sangue” caso a oposição vença a eleição do próximo domingo 28.

Lula concedeu uma entrevista no Palácio do Planalto a agências internacionais como France Presse, Associated Press, Bloomberg e Reuters.

“Eu fiquei assustado com a declaração do Maduro dizendo que se ele perder as eleições vai ter um banho de sangue. Quem perde as eleições toma um banho de voto. O Maduro tem que aprender: quando você ganha, você fica; quando você perde, você vai embora“, disse Lula, citado pela Reuters.

Segundo o petista, o Brasil enviará observadores e o assessor presidencial Celso Amorim a Caracas para acompanhar o processo eleitoral.

“Eu já falei para o Maduro duas vezes – e o Maduro sabe – que a única chance de a Venezuela voltar à normalidade é ter um processo eleitoral que seja respeitado por todo o mundo”, completou Lula.

Na semana passada, Maduro afirmou, durante um ato de campanha, que a Venezuela pode viver uma “guerra civil” e sofrer um “banho de sangue” se a oposição vencer. O chavista busca seu terceiro mandato de seis anos e tem como principal adversário Edmundo Gonzáles, apoiado pela líder oposicionista María Corina Machado, impedida de concorrer.

Na última sexta 19, durante uma cerimônia em São Paulo, Lula não comentou diretamente a declaração de Maduro, mas ressaltou a relação entre os países, independentemente de quem vença o pleito.

“Por que eu vou querer brigar com a Venezuela, com a Nicarágua, com a Argentina? Eles que elejam os presidentes que quiserem. O que me interessa é a relação de Estado para Estado, o que que o Brasil ganha e o que que o Brasil perde nesta relação.”

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