Mundo
Trump conversa com Zelensky e promete acabar com a guerra na Ucrânia, mas não diz como
Uma vitória do republicano em novembro colocaria em questão a continuidade do apoio de Washington a Kiev


O candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira 19 que falou por telefone com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e prometeu que, se voltar à Casa Branca, vai “acabar com a guerra” entre Ucrânia e Rússia.
“Eu, como seu próximo presidente dos Estados Unidos, vou trazer paz para o mundo e acabar com a guerra que já ceifou tantas vidas e devastou incontáveis famílias inocentes”, escreveu o ex-presidente em sua plataforma Truth Social. Ele, porém, não especificou como isso aconteceria.
Zelensky confirmou o telefonema. “Estabelecemos com o presidente Trump discutir em uma reunião pessoal que passos podem ser dados para uma paz justa e realmente duradoura”, disse.
“Tomei nota do vital apoio bipartidário e bicameral americano para proteger a liberdade e a independência de nossa nação”, escreveu na rede social X.
Uma vitória de Trump na eleição de novembro colocaria em questão a continuidade do apoio de Washington à Ucrânia, um país em guerra desde que a Rússia invadiu seu território.
Trump, que aceitou formalmente na quinta-feira a indicação como candidato presidencial do Partido Republicano, afirmou em diversas ocasiões que acabaria com a guerra muito rapidamente, mas nunca disse como.
O ex-presidente recebeu em sua mansão da Flórida o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, que se reuniu com o presidente russo, Vladimir Putin, no início deste mês.
Os elogios frequentes de Trump a Putin e sua relutância em condenar abertamente a invasão russa geram temor no Ocidente de que ele possa obrigar a Ucrânia a aceitar uma derrota parcial.
O ex-presidente também criticou diversas vezes a Organização do Tratado do Atlântico Norte, a Otan Seu companheiro de chapa, J.D. Vance, lidera a ala isolacionista entre os congressistas republicanos que sustentam que os Estados Unidos deveriam suspender a ajuda à Ucrânia.
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