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Non ç’est non Não é a primeira vez que, na França, rivais históricos unem suas forças para evitar o pior, inclusive dispondo-se a colocar de lado, temporariamente, as suas divergências e os seus orgulhos. Infelizmente, tal exemplo não foi seguido nas terras brasileiras em 2018, […]


Non ç’est non
Não é a primeira vez que, na França, rivais históricos unem suas forças para evitar o pior, inclusive dispondo-se a colocar de lado, temporariamente, as suas divergências e os seus orgulhos. Infelizmente, tal exemplo não foi seguido nas terras brasileiras em 2018, quando o nosso maior partido expoente da esquerda, privado do seu líder e candidato, negou-se a unir forças com o seu tradicional rival da centro-esquerda. Aprendam com os franceses, companheiros!
Santiago Artur Wessner
Sob os escombros
Na França, a ultradireita avança com a cooperação do neoliberalismo, que deteriorou a renda, os empregos, e deu uma rasteira nos trabalhadores, premiando-os com uma sofrida aposentadoria. Tudo para servir ao grande capital e diante de uma esquerda com crise de identidade em suas políticas públicas, anêmica na capacidade de rechaçar de forma contundente a populista política contra os imigrantes, comparados, em uma espécie de reedição à Goebbels pela extrema-direita, a “ratos” que ameaçam os empregos e os salários dos filhos da casa.
Williams Costa Cantanhede
Esse assunto é tratado, muitas vezes, como se fosse um raio de sol em dia de céu aberto. O ressurgimento do extremismo de direita na Europa e no resto do planeta é só uma velha tática do capital. Quando ele se sente ameaçado, não hesita em recorrer a fascismos, guerras e aprofundamento de crises.
Mendell Barreto
Tudo ou nada
É hora de o PT entender o seu papel histórico na composição de frentes, que priorizem o fortalecimento do campo progressista, e não apenas a afirmação do próprio partido. É sábio e maduro saber ceder quando possível e necessário.
Ludmila Rosa
Duda Salabert é a melhor chance de a esquerda chegar ao segundo turno. É preciso lembrar o tempo todo o que está em jogo. Responsabilidade e maturidade política são fundamentais nessa hora, Rogério Correia.
Eliana Sant’Anna
Vocês me representam. Se pudesse, votava nos dois, mas só teremos alguma chance se houver uma chapa única.
Cris Souza
O drama do Império
Nenhum império é eterno. Os EUA entraram em declínio. Seus estrategistas falharam na geopolítica, tentando atingir a China e isolando a Rússia com bloqueio econômico e cerco militar da Otan. Com potência nuclear não se brinca. Antes, já haviam tentado golpear a democracia no Brasil e minar a força política da Índia, visando atingir o BRICS. Fracassaram. O dilema que enfrenta o Império está entre provocar uma guerra nuclear, onde ninguém se salva, ou aceitar uma bipolaridade na geopolítica com a Eurásia. Não há alternativa. A eleição nos EUA reflete esse quadro político decadente. De um lado, um mentiroso contumaz, antidemocrata, genocida e corrupto. Do outro, um neoliberalismo fracassado imposto por golpes e guerras, sob a liderança de um político com traços comprovados de senilidade.
Antonio Negrão de Sá
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Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
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