Economia
Mercado reduz a previsão de inflação após 9 altas seguidas
A estimativa do IPCA para este ano passou de 4,02% para 4%, mas a previsão de inflação para 2025 avançou


As projeções dos analistas para a inflação em 2024 caíram pela primeira vez, após nove semanas consecutivas de altas. Enquanto isso, a estimativa da evolução do PIB para este ano voltou a subir nesta semana, segundo dados divulgados nesta segunda-feira 15 pelo Boletim Focus do Banco Central.
A estimativa do IPCA, índice que mede a inflação oficial do País, passou de 4,02% para 4% neste ano.
Para 2025, porém, a projeção aumentou de 3,88% para 3,9%, a 11ª subida em sequência. A projeção de 2026 foi mantida em 3,6%.
Houve também novo aumento da previsão para o Produto Interno Bruto no ano. O marcador passou a ser projetado de 2,1% para 2,11%, na segunda elevação consecutiva do indicador.
Para 2025, a estimativa permaneceu em 1,97%, também pela segunda semana seguida. Para 2026 e 2027, foi mantida em 2% ao ano.
Já a expectativa da Selic se manteve estável em 10,5%, pela quarta semana, no patamar no qual a taxa básica de juros já se encontra.
Isso significa que o mercado financeiro não espera uma nova redução na taxa neste ano pelo Banco Central.
A projeção para o preço do dólar também aumentou para esse ano. Ela passou de R$ 5,20 para R$ 5,22. Para 2025 e 2026, permaneceu em R$ 5,20.
Embora as mudanças sejam pequenas, elas representam uma tendência de alta.
Os dados refletem a mediana das avaliações de cerca de 150 analistas do mercado financeiro, consultados semanalmente em pesquisa realizada pelo Banco Central.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Inflação afeta menos os mais pobres e eleva a popularidade do governo Lula
Por André Roncaglia
Economia melhora a popularidade de Lula. Será o bastante para conter o bolsonarismo nas urnas?
Por Marina Verenicz