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Mbappé pede para que eleitores votem após resultados ‘catastróficos’ do 1º turno na França

Em meio à disputa da Eurocopa, jogadores franceses têm se posicionado em relação às eleições no país

Mbappé pede para que eleitores votem após resultados ‘catastróficos’ do 1º turno na França
Mbappé pede para que eleitores votem após resultados ‘catastróficos’ do 1º turno na França
Craque da seleção francesa tem se manifestado de maneira firme contra o avanço da extrema-direita no país - Foto: Franck Fife / AFP
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O capitão da seleção francesa de futebol, Kylian Mbappé, fez um apelo nesta quinta-feira 4 para que os eleitores votem após os resultados do primeiro turno das eleições legislativas francesas, nas quais o partido de extrema direita Reagrupamento Nacional (RN) terminou na liderança.

“Mais do que nunca, temos que ir votar. É realmente urgente. Não podemos deixar o país nas mãos destas pessoas. Vimos os resultados. É catastrófico”, disse o atacante, que está na Alemanha, onde nesta sexta-feira a França vai enfrentar Portugal pelas quartas de final da Eurocopa-2024.

“Esperamos que todos se mobilizem e votem no lado bom”, acrescentou o craque.

Embora Mbappé não tenha citado o RN durante a sua resposta, recorreu ao humor quando procurava com os olhos um jornalista que queria fazer outra pergunta. Quando o repórter lhe disse onde estava (“na extrema esquerda”), Mbappé sorriu e brincou: “Felizmente, você não está do outro lado”.

Pouco antes do primeiro turno, o novo jogador do Real Madrid fez um apelo para frear “os extremos”.

Desde a sua chegada à Alemanha, os jogadores da seleção francesa têm sido frequentemente questionados sobre as eleições legislativas e uma eventual vitória do partido de extrema direita no final do segundo turno, que acontece no domingo.

Marcus Thuram e Jules Koundé pediram claramente para que o RN seja enfrentado, enquanto o meia Aurélien Tchouaméni se posicionou “contra os extremos”, como Mbappé havia feito inicialmente.

Os outros ‘Bleus’ questionados sobre o assunto se contentaram em fazer apelos a favor do comparecimento às urnas, enquanto Adrien Rabiot se distanciou ao considerar que não é certo que o grupo seja “parasitado” pela questão das eleições legislativas e que seria “bom” deixá-lo “um pouco de lado” neste aspecto, antes de pedir também aos seus compatriotas para que votem, já que “o futuro do país está em jogo”.

O presidente da Federação Francesa de Futebol, Philippe Diallo, disse na quarta-feira 3 à AFP que não houve “divergências” com os jogadores da seleção nacional e que a sua organização garante “liberdade de expressão”, embora tenha lembrado o “dever de neutralidade” da entidade.

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