CartaExpressa

Haddad nega possibilidade de alterar o IOF para barrar alta do dólar; moeda fecha em R$ 5,66

A reunião desta quarta com o presidente Lula será ‘exclusivamente sobre agenda fiscal’, segundo o ministro da Fazenda

Haddad nega possibilidade de alterar o IOF para barrar alta do dólar; moeda fecha em R$ 5,66
Haddad nega possibilidade de alterar o IOF para barrar alta do dólar; moeda fecha em R$ 5,66
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Foto: Diogo Zacarias/MF
Apoie Siga-nos no

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, rejeitou na tarde desta terça-feira 2 a possibilidade de alterar o IOF sobre o câmbio a fim de conter a alta do dólar. Horas depois, a moeda norte-americana fechou em leve alta de 0,22%, cotada a 5,66 reais.

Haddad se reunirá nesta quarta 3 com o presidente Lula (PT), em Brasília.

“Nossa agenda com o presidente amanhã é exclusivamente sobre agenda fiscal. Não sei de onde saiu esse rumor”, disse o ministro a jornalistas. “Estamos trabalhando com uma agenda eminentemente fiscal com o presidente, para apresentar a ele propostas para cumprimento do arcabouço em 24, 25 e 26.”

IOF é uma sigla para Imposto sobre Operações Financeiras. Trata-se de um tributo federal a alcançar pessoas físicas e empresas, incidindo sobre operações que envolvem crédito, câmbio, seguros e títulos mobiliários.

Questionado sobre as medidas para tentar frear a subida do dólar, Haddad defendeu “acertar a comunicação, tanto em relação à autonomia do Banco Central quanto em relação ao arcabouço fiscal”.

“Lula elogiou o arcabouço fiscal, elogiou a autonomia do BC e é nessa linha que nós vamos despachar com ele amanhã”, prosseguiu. “Esses rumores, sinceramente, eu penso que são de gente interessada. Eu não sei de onde saem essas questões. Não é normal.”

Na máxima desta terça, o dólar chegou a 5,70 reais, mas perdeu força no pregão.

Horas antes, em entrevista à Rádio Sociedade, de Salvador (BA), Lula admitiu se preocupar com a alta da moeda.

“É uma especulação. Há um jogo de interesses, especulativo, contra o real neste País”, criticou. “Eu tenho conversado com as pessoas para ver o que a gente vai fazer. Eu estou voltando [para Brasília] quarta-feira e vou ter uma reunião. Não é normal o que está acontecendo.”

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo