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Estudante é retirado a força do Senado durante votação do Novo Ensino Médio

Vídeo mostra o momento em que Caio Sad, diretor do DCE da UNB, é cercado por agentes policiais; Senado alega que manifestante se recusou a guardar um cartaz

Estudante é retirado a força do Senado durante votação do Novo Ensino Médio
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Créditos: Reprodução
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O diretor do Diretório Central dos Estudantes (DCE), da Universidade de Brasília, Caio Sad, foi retirado à força da sessão da Comissão de Educação no Senado, durante a votação do projeto do Novo Ensino Médio nesta quarta-feira 19.

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que o manifestante, que segurava um papel pela revogação da reforma do ensino médio, é cercado por agentes da polícia legislativa.

“Por que os estudantes não podem opinar? Por que os estudantes estão sendo agredidos nessa comissão? Isso é um absurdo. A gente está fazendo uma manifestação silenciosa contra o absurdo que é esse projeto, e a gente está sendo agredido pela segurança dessa casa”, grita o manifestante, enquanto é imobilizado, e levado à força para fora da sessão.

Questionado, o Senado informou, em nota, que cerca de cinco estudantes manifestavam-se com cartazes, o que é proibido, de acordo com Ato da Comissão Diretora nº 18/2014.

Mencionou o expresso no artigo 3º, que prevê: “Observada a lotação da sala, é permitido a qualquer pessoa assistir às reuniões ou audiências públicas em local reservado ao público, desde que se conserve em silêncio, sem dar qualquer sinal de aplauso, de reprovação ou qualquer manifestação ao que nelas se passar, e que se encontre desarmada, ressalvados os casos autorizados pela Secretaria de Polícia Legislativa”; além do previsto em parágrafo único da resolução:Considera-se violação ao caput deste artigo a exibição de banners, cartazes, faixas e congêneres durante a reunião das Comissões”

Ainda de acordo com a Casa, ao tomarem conhecimento da situação, os agentes da polícia do Senado solicitaram aos manifestantes que guardassem os cartazes, tendo apenas Caio se negado a cumprir as ordens, o que motivou a sua retirada da sessão.

Nesta quarta-feira 19, a Comissão de Educação do Senado aprovou o texto da senadora professora Dorinha Seabra (União-TO), relatora da matéria que, após acordo com o Ministério da Educação, manteve a carga horária de 2.400 horas para a formação geral básica dos estudantes. O texto agora segue para análise do Plenário da Casa.

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