Política

Os alertas do Papa Francisco sobre o avanço da Inteligência Artificial

Embora tenha tecido diversas críticas ao avanço da IA, o pontífice reconheceu que a tecnologia é um “instrumento fascinante”, mas capaz de causar danos

Os alertas do Papa Francisco sobre o avanço da Inteligência Artificial
Os alertas do Papa Francisco sobre o avanço da Inteligência Artificial
Papa Francisco participa de uma sessão de trabalho sobre Inteligência Artificial (IA), Energia, África-Mediterrâneo no resort Borgo Egnazia durante a Cúpula do G7 em Savelletri, perto de Bari, Itália, em 14 de junho de 2024. Foto: Tiziana FABI / AFP
Apoie Siga-nos no

O Papa Francisco declarou, nesta sexta-feira 14, que a ‘humanidade está condenada a um futuro sem esperança’ caso a máquina e a Inteligência Artificial prive as pessoas da capacidade de decidir sobre as suas próprias vidas. O aviso foi dado durante o discurso na cúpula do G7, que teve início na quinta-feira 13.

“Nenhuma máquina, em caso algum, deveria ter a possibilidade de optar por tirar a vida a um ser humano”, destacou o Papa durante o discurso. A fala faz referência ao desenvolvimentos de Inteligências Artificiais que, ao serem solicitadas para indicar soluções a certos problemas podem ser ‘manipuladas’ pela interação com os usuários ao ponto de sugerir suicídio como uma alternativa viável.

Embora tenha tecido diversas críticas ao avanço da IA, o pontífice reconheceu que a tecnologia é um “instrumento fascinante”, mas que, como todas as ferramentas criadas pelo homem é capaz de causar danos. Ele também reforçou a necessidade de lembrar que ‘nenhuma inovação é neutra’ e o seu impacto na sociedade e na reestruturação das relações sociais e posições de poder. Por fim, Francisco destacou que as ferramentas tecnológicas, assim como a IA, devem possuir uma ‘inspiração ética’ na sua construção e utilização.

Durante o discurso, o Papa também abordou os recentes conflitos globais, sem citar casos específicos, e destacou que a sociedade mundial tem graves deficiências estruturais que ‘não podem ser resolvidas apenas com remendos ocasionais ou soluções rápidas’ e que é preciso ‘chegar à raiz do problema’. Embora a fala não cite diretamente atores nos conflitos globais, ela acontece em meio a guerra entre Israel e Hamas, que persiste após diversos períodos de trégua e tentativas de cessar-fogo.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo