Política

Erundina deixa a UTI dois dias após mal-estar na Câmara

A deputada, de 89 anos, está no Hospital Sírio Libanês, em Brasília

Erundina deixa a UTI dois dias após mal-estar na Câmara
Erundina deixa a UTI dois dias após mal-estar na Câmara
A deputada federal Luiza Erundina, em sessão de 11 de abril de 2024. Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
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A deputada federal Luiza Erundina (PSOL-SP) deixou nesta sexta-feira 7 a UTI do Hospital Sírio Libanês em Brasília e foi transferida para um quarto, informou a assessoria de imprensa da parlamentar.

Segundo o comunicado, os exames apresentaram “resultados normais” e o quadro se mantém estável.

Erundina, de 89 anos, sentiu um desconforto na última quarta 5 após discursar por cerca de seis minutos. Na ocasião, ela defendia o projeto de lei apresentado pela deputada Maria do Rosário (PT-RS) para reconhecer a responsabilidade do Estado na identificação pública de lugares de repressão política utilizados por agentes da ditadura.

“Clima de ódio”

Aliados de Erundina apontam “o clima de ódio” instalado nas sessões da Câmara na quarta-feira como causa do mal-estar. Horas antes, uma confusão entre André Janones (Avante-MG) e Nikolas Ferreira (PL-MG) elevou a temperatura na Casa.

“Estive ao lado de Luiza, hoje, durante a Comissão de Direitos Humanos e vi a força com a qual se sustentou naquele espaço que foi cheio de violência e ódio contra vários dos deputados da esquerda presentes, até que passou mal, pela consequência de horas de violência, xingamentos, empurra-empurra, desrespeito”, escreveu Erika Hilton (PSOL-SP) em uma rede social.

Guilherme Boulos (PSOL-SP) também citou o clima de tensão na Câmara antes do desconforto da aliada. “Toda solidariedade à Luiza Erundina, que saiu da sessão da Comissão de Direitos Humanos direto para o hospital, onde está internada, após ser desrespeitada por parlamentares bolsonaristas.”

“Tenho certeza de que, muito em breve, nossa querida Erundina estará de volta. Mas precisamos nos perguntar: até onde vai a violência política? Basta! Não podemos normalizar cenas como essas”, acrescentou Boulos.

Luiza Erundina exerce o seu sexto mandato de deputada federal. Antes, foi vereadora, deputada constituinte e prefeita de São Paulo. Ela foi a primeira mulher a governar a cidade mais rica da América Latina.

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