Mundo
Biden atinge menor aprovação em dois anos nos EUA, aponta pesquisa
Levantamento Ipsos/Reuters mostra que a população está preocupada com a economia do país


O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, atingiu a mais baixa aprovação em quase dois anos. Os dados constam em uma pesquisa Ipsos/Reuters divulgada nesta terça-feira 21.
Segundo o levantamento, a aprovação de Biden caiu para 36% em maio. Em abril, por exemplo, o índice estava em 38%.
Entre as razões do descontentamento atual dos norte-americanos, destaca-se a economia. Para 23% dos entrevistados, esse é o principal problema do país.
Apesar da percepção captada pela pesquisa, alguns índices econômicos recentes dos EUA apontam para um cenário positivo. O desemprego, por exemplo, está em 3,8%, segundo dados do Departamento de Estatísticas do Trabalho divulgados em abril.
A inflação nos últimos doze meses, por sua vez, não passou de 3,4%, de acordo com dados divulgados pelo mesmo departamento no último dia 15.
Por outro lado, o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresceu em ritmo abaixo do esperado no primeiro trimestre deste ano: 1,6%. No último trimestre do ano passado, o crescimento foi de 3,4%.
Na pesquisa divulgada nesta terça, a percepção dos norte-americanos sobre a economia se mostra importante não apenas para a avaliação geral do governo, mas no que se refere às eleições presidenciais, marcadas para novembro.
Segundo o levantamento, 40% dos entrevistados disseram que o ex-presidente Donald Trump, que vai disputar a Casa Branca com Biden, tinha políticas melhores para a economia dos EUA. Os que acham que Biden é melhor que Trump neste quesito somam 30%.
Para os entrevistados, Trump também supera Biden no que se refere a conflitos no exterior e terrorismo: 36% a favor do republicano, contra 29% a favor do democrata.
A maior vantagem de Trump diz respeito à migração, uma vez que 42% disseram que Trump conduz melhor o tema que Biden, quando o contrário foi apontado por 25%.
O ex-presidente vem adotando um discurso abertamente radical no sentido de restringir a migração no país, não se furtando a atacar diretamente a comunidade imigrante.
A pesquisa Ipsos/Reuters foi realizada entre os dias 17 e 20 de maio. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.
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