Política
No 1º de maio, Lula assina isenção do IR e defende Boulos em SP
Presidente participou, na Zona Leste de SP, de ato convocado por centrais sindicais


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou, nesta quarta-feira 1, a lei que reajusta a tabela do Imposto de Renda.
A assinatura aconteceu durante um ato do Dia do Trabalhador, na Zona Leste de São Paulo.
Pela nova lei, a isenção será válida para quem recebe até dois salários mínimos. Ou seja, R$ 2.824 por mês. O teto anterior era de R$ 2.640.
“É muito gratificante para um Presidente da República, no dia 1º de maio, participar de um ato e olhar no olho de cada trabalhador e trabalhadora e poder dizer para vocês: esse país vai tratar com respeito 203 milhões de homens e mulheres que moram neste país”, afirmou Lula.
Cercado por lideranças de centrais sindicais e apoiadores, Lula também defendeu a relação entre o governo federal e o Legislativo, chamando a atenção para o fato de que, no seu entendimento, os projetos considerados prioritários pelo governo, até o momento, foram aprovados.
Ele atribuiu o fato ao que chamou de “competência dos ministros e dos deputados” e defendeu o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
Outro destaque do discurso do petista foi a defesa da desoneração da folha de pagamento. Recentemente, o presidente vetou a lei que prorrogava a desoneração até 2027, mas o Congresso derrubou o veto.
“No nosso país, não haverá desoneração para favorecer os mais ricos, e, sim, para favorecer aqueles que trabalham”, disse Lula.
Quem também estava ao lado dele no palanque foi o pré-candidato à prefeitura de SP, Guilherme Boulos (PSOL).
Lula disse que o parlamentar estaria enfrentando “uma verdadeira guerra” e salientou o fato de que o pleito em São Paulo refletiria a disputa na política nacional.
Para Lula, Boulos “está disputando contra nosso adversário nacional, contra nosso adversário estadual e contra nosso adversário municipal”.
Apesar da presença de Lula no ato, o evento foi marcado pelo baixo comparecimento do público. O fato não passou despercebido pelo presidente, que, durante o discurso, chegou a dizer que o ato de hoje foi “mal convocado”. “Nós não fizemos o esforço necessário para levar a quantidade de gente que era preciso levar”, reconheceu o petista.
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