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Governo de Portugal diz ter um olhar ‘equilibrado’ sobre seu passado colonial

O presidente Marcelo Rebelo de Sousa levantou na semana passada o debate sobre eventuais reparações

Governo de Portugal diz ter um olhar ‘equilibrado’ sobre seu passado colonial
Governo de Portugal diz ter um olhar ‘equilibrado’ sobre seu passado colonial
Luis Montenegro Foto: PATRICIA DE MELO MOREIRA / AFP
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Portugal tem um olhar “maduro e equilibrado” sobre seu passado colonial, afirmou, nesta segunda-feira 29, o ministro de Negócios Estrangeiros Paulo Rangel, depois que o tema das reparações foi evocado pelo presidente da República na semana passada.

O governo tem “uma visão muito madura – e eu diria ao mesmo tempo equilibrada” sobre a “relação que nós temos de ter com as ex-colônias e sobre o passado colonial”, declarou hoje o ministro português em Bruxelas.

“Todos os debates são pertinentes”, mas “depois pode-se ter sobre eles as mais diferentes visões”, acrescentou.

Rangel detalhou que o novo governo da direita moderada, surgido das eleições de março, “tem uma visão que está alinhada com a visão dos governos anteriores”.

O tema de eventuais indenizações coloniais foi mencionado na semana passada pelo presidente conservador Marcelo Rebelo de Sousa.

Portugal “assume total responsabilidade. Temos que pagar os custos”, disse o presidente na semana passada em um encontro informal com a imprensa estrangeira em Lisboa, o que provocou reações de alguns setores.

Em um comunicado emitido no sábado, o governo assinalou que “nenhum processo ou programa de ações específicas” está em curso e que suas relações com as ex-colônias são “verdadeiramente excelentes”.

Portugal teve um vasto império colonial que se estendeu por América do Sul, África e Ásia.

Há meio século, a Revolução dos Cravos de 25 de abril de 1974, golpe de Estado que instaurou a democracia após 48 anos de ditadura, pôs fim a 13 anos de guerras coloniais e levou à independência das ex-colônias africanas, entre elas Angola e Moçambique.

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