CartaExpressa
MP acompanha investigação policial contra papelaria que se recusou a atender LGBTs
A apuração ficará a cargo de delegacia especializada em crimes raciais e delitos de intolerância


O Ministério Público de São Paulo anunciou que acompanhará a investigação contra o Ateliê Jurgenfeld, que se recusou a atender um casal homossexual sob a alegação de “princípios cristãos”. A confirmação ocorreu no âmbito de uma ação apresentada ao órgão pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP).
A apuração sobre possível conduta LGBTfóbica, passível de punição como crime de racismo, ficará a cargo da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância.
O caso ocorreu após Henrique Nascimento entrar em contato com a papelaria via WhatsApp para obter um orçamento de diferentes modelos de convite para seu casamento com Wagner Soares. Segundo a vítima, o atendimento transcorreu normalmente até citar o nome do noivo. Horas mais tarde, porém, a atendente informou que não poderia confeccionar “convites homossexuais”.
O casal registrou um boletim de ocorrência no 73º Distrito Policial, no Jaçanã. Também protocolou um B.O. online, após o estabelecimento divulgar o número privado de Henrique em sua conta no Instagram.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.