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Novo programa de crédito do governo poderá criar ‘classe média sustentável’ no País, diz Lula
O ‘Acredita’, direcionado às pequenas empresas, lançará linhas de crédito para microempreendedores individuais e microempresas


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou, na manhã desta segunda-feira 22, a Medida Provisória (MP) que cria o programa Acredita, voltado à concessão de crédito para pequenas empresas.
No evento, ocorrido no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), Lula afirmou que o programa faz parte de um desejo do governo de criar um país de “classe média sustentável”.
“O que está acontecendo hoje não é apenas um novo anúncio de política de crédito”, disse Lula, mas “a demonstração de que nós voltamos para governar esse país para ver se a gente transforma esse país em um país definitivamente desenvolvido”.
“A gente não quer um país de gente muito rica e gente muito pobre. A gente quer um país que tenha uma classe média sustentável, que tenha um padrão de vida decente, com escola, cultura, salário”, afirmou o presidente.
Lula defendeu a ideia de facilitar crédito para pequenos empresários, pontuando que o setor foi afetado pelos efeitos da pandemia de Covid-19. Por conta disso, segundo Lula, é necessário criar condições para renegociar dívidas, o que está no escopo do programa.
O petista ainda pontuou que, para que um Brasil seja um “sociedade de classe média”, é necessário que o país se desenvolva a ponto de parte da população não depender do Bolsa Família. Atualmente, cerca de 20 milhões de pessoas no país recebem o benefício.
“Não queremos um país que eternamente dependa de um Bolsa Família. Enquanto a gente estiver dependendo disso, a sociedade não será uma sociedade de classe média, que esse programa dá um pontapé extraordinário”, destacou.
No discurso de hoje, Lula também revelou novidades sobre o programa Pé De Meia, que serve como uma espécie de poupança para estudantes do ensino médio.
Agora, o programa será ampliado para estudantes que estejam fora do Bolsa Família, como aqueles que estão incluídos no CadÚnico. Segundo Lula, a ampliação poderá incluir cerca de 1,2 milhão de estudantes.
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