Blogs do Além
Blog do Thomas: Hora de trocar a lâmpada
“Ao conceber a lâmpada, não a vi estalar sobre minha cabeça”, afirma Thomas Edison em seu blog


Quando, em 1879, construí a primeira lâmpada incandescente comercializável, não imaginava que, ao mesmo tempo, estava inventando uma das metáforas mais resistentes e universais de todos os tempos. Esse simples dispositivo que transforma energia elétrica em energia luminosa se converteu no símbolo da ideia. Juro que, ao conceber a lâmpada, não a vi estalar sobre minha cabeça.
Havia muitos candidatos à época. Eu mesmo fui autor de outros inventos auspiciosos que tiveram grande influência no mundo, como o cinetógrafo e o fonógrafo. Ambos poderiam ter ocupado o posto da lâmpada. Porém, nenhum tinha a forma simplificada, algo essencial para um signo visual. E de mais a mais, a adoção de um símbolo não é algo que se controle totalmente. Quando se vê, ele entra para uso cotidiano sem que seja possível reconstituir o modo que se deu sua adoção, como no episódio da Luiza no Canadá.
Entendo também que, além da forma simplificada, a lâmpada presta-se muito bem como conteúdo simbólico (sinto-me tão intelectual quando uso essa expressão). É a ciência iluminando as trevas. É a transformação da energia cerebral em fonte luminosa. É a clareza em meio às dúvidas. É indicação de presença de vida. É manifestação de alegria. Enfim, a lâmpada nasceu mais para ser metáfora do que para iluminar ambientes.
Tenho orgulho de ter criado algo de tão forte conteúdo simbólico (encaixei de novo). Mas creio que a lâmpada já deu o que tinha de dar. Não podemos mais ter como representação da ideia um objeto tão cotidiano, banal e frágil. O século XXI exige novos simbolismos. Estamos acompanhando o surgimento de invenções que superam até a mais delirante imaginação. Microrrobôs que desentopem veias. Leitores de frequências cerebrais capazes de mover exoesqueletos. Impressoras de objetos 3D. Carros autônomos que dirigem melhor que humanos. Além dos aplicativos de pôquer para o celular, que eu adoro. Leia conteúdo completo em Blogs do Além
Quando, em 1879, construí a primeira lâmpada incandescente comercializável, não imaginava que, ao mesmo tempo, estava inventando uma das metáforas mais resistentes e universais de todos os tempos. Esse simples dispositivo que transforma energia elétrica em energia luminosa se converteu no símbolo da ideia. Juro que, ao conceber a lâmpada, não a vi estalar sobre minha cabeça.
Havia muitos candidatos à época. Eu mesmo fui autor de outros inventos auspiciosos que tiveram grande influência no mundo, como o cinetógrafo e o fonógrafo. Ambos poderiam ter ocupado o posto da lâmpada. Porém, nenhum tinha a forma simplificada, algo essencial para um signo visual. E de mais a mais, a adoção de um símbolo não é algo que se controle totalmente. Quando se vê, ele entra para uso cotidiano sem que seja possível reconstituir o modo que se deu sua adoção, como no episódio da Luiza no Canadá.
Entendo também que, além da forma simplificada, a lâmpada presta-se muito bem como conteúdo simbólico (sinto-me tão intelectual quando uso essa expressão). É a ciência iluminando as trevas. É a transformação da energia cerebral em fonte luminosa. É a clareza em meio às dúvidas. É indicação de presença de vida. É manifestação de alegria. Enfim, a lâmpada nasceu mais para ser metáfora do que para iluminar ambientes.
Tenho orgulho de ter criado algo de tão forte conteúdo simbólico (encaixei de novo). Mas creio que a lâmpada já deu o que tinha de dar. Não podemos mais ter como representação da ideia um objeto tão cotidiano, banal e frágil. O século XXI exige novos simbolismos. Estamos acompanhando o surgimento de invenções que superam até a mais delirante imaginação. Microrrobôs que desentopem veias. Leitores de frequências cerebrais capazes de mover exoesqueletos. Impressoras de objetos 3D. Carros autônomos que dirigem melhor que humanos. Além dos aplicativos de pôquer para o celular, que eu adoro. Leia conteúdo completo em Blogs do Além
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