CartaExpressa
Toffoli rejeita pedido de ex-vice do Equador para barrar depoimentos de delatores da Odebrecht
Glas foi condenado em 2017 a oito anos de prisão por participar do esquema de subornos da construtora brasileira
O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, decidiu barrar o pedido de Jorge Glas, ex-vice-presidente do Equador, de impedir depoimentos de delatores da Odebrecht (atual Novonor).
A decisão foi assinada nesta terça-feira 16. O político argumentou que o intuito seria evitar o uso de provas “ilícitas”.
Segundo o documento, executivos da empreiteira permanecem prestando depoimentos no exterior com base nos elementos de provas provenientes dos sistemas, mesmo após o STF determinar a nulidade das provas, em 2023.
No pedido, Glas cita notícias sobre depoimentos em julgamento nos Estados Unidos de executivos da Odebrecht no Equador.
Toffoli rejeitou o pedido por entender se tratar de uma “mera reiteração de pedido” já deferido nos autos”.
Além disso, segundo o ministro, a defesa de Glas não informou especificamente qual decisão judicial teria confrontado determinação do STF.
Glas foi condenado em 2017 a oito anos de prisão por participar do esquema de subornos da construtora brasileira Odebrecht e libertado em 2022 por um recurso legal.
Ele voltou a ser preso no dia 5 de abril deste após a polícia equatoriana invadir a embaixada do México no país. Ele havia solicitado asilo alegando “perseguição política”.
Relacionadas
CartaExpressa
Moraes manda PGR dizer se ainda deseja arquivar inquérito sobre interferência de Bolsonaro na PF
Por CartaCapitalCartaExpressa
Moraes tira da prisão coronel do Exército investigado por conspiração golpista
Por CartaCapitalCartaExpressa
Testes em urnas eletrônicas reiteram que sistema de votação é seguro
Por CartaCapitalCartaExpressa
Crise no RS reforça necessidade de enfrentar a mudança climática e as fake news, diz Padilha
Por CartaCapitalApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.