CartaExpressa
Estatais são instrumento de planejamento e o governo deve ter influência nelas, diz Gleisi na China
Em Pequim, a presidenta do PT afirmou ser necessário um ‘planejamento estruturado’ no Brasil


A presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, defendeu em viagem à China a “influência” do governo em empresas estatais, uma vez que elas são “instrumento de planejamento”.
A delegação petista foi recebida em Pequim na quarta-feira 10 por Li Xi, integrante do Comitê Central e secretário da Comissão Central de Inspeção Disciplinar do Partido Comunista chinês.
“Esse é um ensinamento que temos de ter no Brasil. Temos respeito às empresas privadas, estimulamos, queremos investimento privado, mas o governo, o Estado brasileiro tem de ter influência sobre as empresas estatais”, disse Gleisi. “Elas são instrumento de planejamento e, em uma economia, para dar certo, você precisa ter o mínimo de planejamento.”
“A China é o que é porque está no 15º Plano Quinquenal. Precisávamos ter um planejamento estruturado no País. E para isso você precisa ter uma força e uma presença do Estado, inclusive através de suas empresas.”
Na viagem, Gleisi também defendeu “aprofundar as parcerias” entre o PT e o Partido Comunista da China. Entre os objetivos da aliança, segundo a presidenta petista, estão “consolidar a relação política entre nossos países, fortalecer o desenvolvimento sustentável em diversas áreas e, de maneira conjunta, superar os desafios globais que estamos enfrentando”.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.