Sergio Moro busca boia de salvação
‘Fechamento’ da semana conta com a participação do jurista Lênio Streck
Neste episódio do ‘Fechamento’, André Barrocal, Mariana Serafini e Rodrigo Martins entrevistam o jurista Lênio Streck, professor de Direito Constitucional da Unisinos e pós-doutor pela Universidade de Lisboa, sobre o julgamento das ações que podem levar à cassação do mandato do senador Sergio Moro por abuso do poder econômico, caixa 2 e uso indevido dos meios de comunicação nas eleições de 2022. Na quarta-feira 3, o Tribunal Regional Eleitoral suspendeu o julgamento do caso após a desembargadora Cláudia Cristina Cristofani solicitar mais tempo para analisar os autos.
Antes do pedido de vista, o placar estava empatado: o relator Luciano Falavinha Souza votou pela improcedência das ações e José Rodrigo Sade a abriu a divergência. A sessão será retomada na próxima segunda-feira, 8 de abril. Seja qual for o resultado do jogo disputado em casa, Moro sabe que a partida decisiva será travada em Brasília, no Tribunal Superior Eleitoral. Não por acaso, reuniu-se com o ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal, para abrir um “canal de diálogo” com o magistrado, um crítico ferrenho dos métodos lavajatistas.
Os jornalistas também comentam os rumores de troca de comando na Petrobras e a nova investida de Nicolás Maduro para a anexação do território guianense de Essequibo. O programa apresenta, ainda, os principais destaques da edição semanal de CartaCapital. A agenda da devastação ambiental avança no Congresso. O governo Lula pretende usar recursos da privatização da Eletrobras para baratear as tarifas de energia. E mais: Israel ignora a pressão dos EUA e da comunidade internacional e prepara uma ofensiva militar em Rafah.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.