Política

Senado analisa projeto de Dino para exigir câmeras nas fardas de vigilantes privados

A matéria receberá um relatório do senador Jorge Kajuru (PSB-GO) na Comissão de Segurança Pública

Senado analisa projeto de Dino para exigir câmeras nas fardas de vigilantes privados
Senado analisa projeto de Dino para exigir câmeras nas fardas de vigilantes privados
Flávio Dino em discurso no Senado em 7 de fevereiro de 2024. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
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O Senado analisa um projeto que obriga o uso de câmera corporal por vigilantes, que são profissionais de segurança privada. O objetivo do texto, do ex-senador e atual ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino, é prevenir e reduzir possíveis excessos do agente.

A matéria receberá um relatório do senador Jorge Kajuru (PSB-GO) na Comissão de Segurança Pública e depois seguirá para a análise definitiva da Comissão de Constituição e Justiça.

Em sua justificativa para a proposta, Dino lista casos de agressões e até de mortes causadas por abusos da atividade de vigilância, como o assassinato em 2020 de João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos. Ele foi espancado por seguranças de um supermercado da rede Carrefour, em Porto Alegre (RS).

“O uso de bodycams [câmeras corporais], em geral, está relacionado à redução dos níveis desproporcionais de uso da força, ao fortalecimento dos mecanismos de controle e à melhoria da produtividade”, sustenta o ex-senador, a partir de uma publicação de 2023 do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Vigilância Patrimonial

Segundo a proposta, o equipamento passaria a ser obrigatório apenas na chamada vigilância patrimonial, categoria de segurança privada exercida em eventos ou estabelecimentos, a fim de proteger pessoas e o patrimônio.

Ficariam dispensadas da exigência as microempresas e as empresas de pequeno porte. Para Dino, isso evitará a “onerosidade excessiva em contratos de menor valor”.

Nos outros casos, o projeto determina que os vigilantes tenham em suas fardas câmeras para gravar áudio e vídeo e que o material capturado seja compartilhado com a Polícia Federal ou o Ministério Público, a fim de apurar possíveis crimes.

(Com informações da Agência Senado)

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