CartaExpressa

AGU pede ao STF que prorrogue por 90 dias prazo de negociação com a Eletrobras

O governo reivindica maior participação no conselho administrativo da empresa, e gera impasse com sócios privados

AGU pede ao STF que prorrogue por 90 dias prazo de negociação com a Eletrobras
AGU pede ao STF que prorrogue por 90 dias prazo de negociação com a Eletrobras
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Apoie Siga-nos no

A Advocacia Geral da União pediu ao Supremo Tribunal Federal que prorrogue por mais 90 dias o prazo de tratativas com a Eletrobras.

No pedido, encaminhado ao ministro Kassio Nunes, o governo justifica a medida para ampliar a presença do governo no conselho de administração da companhia.

O ministro decidiu que a mediação com a estatal seria feita pela Câmara de Mediação e de Conciliação da Administração Pública Federal e, aproximado o prazo estabelecido para o fim das negociações, em 9 de abril, ainda não se chegou a um consenso.

O governo alega que ainda detém quase 47% das ações ordinárias da Eletrobras mesmo após a privatização – e, por isso, roga maior participação no conselho. Tem defendido ainda que limitar o poder de voto da União, apesar da presença ainda relevante do Estado no capital da empresa, fere o princípio constitucional da razoabilidade, proporcionalidade e impessoalidade na administração pública.

Já a proposta dos sócios privados é a de aumentar o número total de membros do conselho para 11 e oferecer duas cadeiras ao governo.

No pedido, a AGU reitera a confiança na possibilidade de que uma solução consensual seja alcançada, mas ressalta que a extensão do prazo é necessária diante da elevada complexidade da situação jurídica e dos diversos atores e interesses que precisam ser compatibilizados.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo