CartaExpressa
Gilmar cobra ‘luta contra o esquecimento’ ao repudiar o golpe de 1964
O decano do STF defendeu ‘rememorar as violências e as violações cometidas, a fim de que tal estado de coisas jamais se repita’
O ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal, afirmou nesta segunda-feira 1º que lutar contra o abuso de poder significa, também, enfrentar o esquecimento. A mensagem se refere ao golpe de 1964.
“Hoje e sempre, é preciso recordar o golpe de 1º de abril de 1964 e suas gravosas consequências para o desenvolvimento institucional do Brasil”, escreveu, nas redes sociais. “É fundamental que, ao registrarmos a passagem dessas seis décadas, rememoremos as violências e as violações cometidas, a fim de que tal estado de coisas jamais se repita. Ditadura nunca mais!”
Neste ano, o presidente Lula (PT) optou por vetar a realização de eventos sobre os 60 anos do golpe em ministérios, em uma tentativa de insistir no caminho da pacificação com as Forças Armadas. Em 28 de fevereiro, o petista afirmou que não deseja “remoer o passado”.
“Vou tratar (os 60 anos) da forma mais tranquila possível. Estou mais preocupado com o golpe de janeiro de 2023 do que com o de 64″, disse, em entrevista à RedeTV. “Isso há fez parte da história, já causou sofrimento, o povo já reconquistou o direito democrático. Os militares hoje no poder eram crianças naquele tempo. Alguns nem eram nascidos.”
Relacionadas
CartaExpressa
Moraes suspende lei de cidade paulista que autorizava clubes de tiro a definir local e horário de funcionamento
Por CartaCapitalCartaExpressa
PF lança operação contra ‘milícia digital’ após ataques a autoridades nas redes
Por CartaCapitalCartaExpressa
‘Não se faz democracia com raivas’, alerta Cármen Lúcia
Por CartaCapitalCartaExpressa
Caso Marielle: Delegado preso reforça pedido para que ele e a esposa sejam ouvidos no processo
Por CartaCapitalApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.