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Justiça da Grécia condena mãe infanticida à prisão perpétua

Roula Pispirigou, de 35 anos, é acusada de matar suas três filhas em um período de três anos

Policiais com Roula Pispirigou, em Atenas, em 29 de março de 2024. Foto: Aris Messinis/AFP
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Uma mulher de 35 anos, acusada de matar suas três filhas em um período de três anos, foi condenada nesta sexta-feira 29, na Grécia, à prisão perpétua pelo assassinato de sua filha mais velha, um caso que comoveu o país.

Roula Pispirigou, que está há dois anos em prisão preventiva, foi condenada pelo tribunal penal de Atenas por homicídio premeditado e tentativa de homicídio premeditado de sua filha de 9 anos, Georgina.

Em um julgamento separado, iniciado depois da morte de Georgina, a mulher responde pelos assassinatos de suas outras duas filhas, Malena, de 3 anos e meio, em 2019, e Iris, de 6 meses, em 2021.

Em 29 de janeiro de 2022, Pispirigou intoxicou Georgina com ketamina, uma substância utilizada principalmente em cirurgia veterinária como anestésico e analgésico.

No momento de sua morte, Georgina estava no hospital onde passou por várias internações desde que convulsões a deixaram tetraplégica, em abril de 2021.

A Justiça considerou que já naquela época a mãe havia tentado matar a filha.

A segunda menina, Malena, foi declarada morta de insuficiência hepática, e Iris de parada cardíaca.

Contudo, novas análises realizadas depois da morte suspeita de Georgina revelaram que elas morreram por asfixia.

Pispirigou, enfermeira de formação – apelidada pela imprensa grega de “a Medeia dos tempos modernos” ou “a Medeia de Patras”, cidade da qual é originária -, afirmou sua inocência durante todo o julgamento, iniciado em janeiro de 2023.

O suposto infanticídio triplo, em um país onde o crime é bastante incomum, suscitou fúria e enorme frenesi midiático. O governo grego teve de pedir “calma” diante do clamor pelo assassinato de Pispirigou.

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