Tecnologia
Velozes e potentes
Nos EUA, o Google testa conexões com velocidade de até mil megabits por segundo a 70 dólares


Entre as principais frustrações dos consumidores com as tecnologias ao seu redor está a conexão com a internet. As provedoras frequentemente oferecem velocidades que não conseguem entregar. Ou a rede cai com frequência, e aí o usuário precisa entrar na ciranda das ligações para o atendimento ao consumidor. O problema é corriqueiro no Brasil e também comum no exterior.
O Google quer chacoalhar esse mercado: lançou o Google Fiber nos Estados Unidos, com velocidades de até 1.000 megabits por segundo. Para efeitos de comparação, a conexão mais rápida disponível nos Estados Unidos antes do lançamento do Google Fiber era a vendida pela Verizon, com 300 megabits por segundo. A maior velocidade disponível no Brasil é de 100 megabits por segundo.
Outra faceta da oferta do Google é um serviço de TV a cabo, o Fiber TV. O Fiber e o Fiber TV estão disponíveis no momento somente em Kansas City, no Missouri, onde a companhia investiu 500 milhões de dólares para construir uma rede de fibra óptica pela cidade. A ideia da empresa é testar o mercado e ver se existe demanda suficiente para justificar um investimento em outras cidades.
Esse teste da demanda fica explícito no modo com que o Google oferece o serviço. Embora existam áreas de Kansas City já prontas com cabos de fibra óptica, principalmente o centro da cidade, outros bairros precisam votar em conjunto no site do Google Fiber para conseguir o serviço. O bairro que tiver mais votos assim demonstra para a empresa que instalar mais pontos da rede na área faz sentido comercial. Não é uma expansão geométrica, mas seletiva.
O Google oferece três planos para os moradores de Kansas City. O primeiro é de internet gratuita, embora o consumidor precise pagar uma taxa única de instalação de 300 dólares, que pode ser parcelada em 25 dólares mensais.
A partir daí, o Google entrega internet por pelo menos sete anos na velocidade média do mercado americano, ou seja, de até 5 megabits por segundo. O segundo plano é o da conexão de 1.000 megabits por segundo. Ela custa 70 dólares por mês, sem limites de download, e o consumidor também leva 1 TB de armazenagem nas nuvens.
O terceiro acrescenta ao plano anterior o Fiber TV, com centenas de canais, e o comprador também leva um Nexus 7 de controle remoto para todo o sistema. Tudo isso custa 120 dólares mensais, menos que os 210 mensais cobrados pela Verizon pela sua internet de 300 megabits por segundo.
Uma falha do serviço é que o Google não conseguiu fechar acordo com a Time Warner e a Disney para a inclusão de canais como o Discovery Channel, a ESPN, a CNN ou HBO. Parte disso é o temor delas pela entrada do Google no mercado.
A Time Warner Cable oferece o mesmo serviço de internet e TV a cabo em Kansas City. E passou a premiar empregados das parceiras do Google que instalavam os cabos de fibra óptica por quaisquer informações que eles tivessem sobre os planos da empresa. Qualquer informação era premiada com 50 dólares.
É só um exemplo de um competidor que tem muito medo da chegada do Google a esse mercado. Com razão.
Entre as principais frustrações dos consumidores com as tecnologias ao seu redor está a conexão com a internet. As provedoras frequentemente oferecem velocidades que não conseguem entregar. Ou a rede cai com frequência, e aí o usuário precisa entrar na ciranda das ligações para o atendimento ao consumidor. O problema é corriqueiro no Brasil e também comum no exterior.
O Google quer chacoalhar esse mercado: lançou o Google Fiber nos Estados Unidos, com velocidades de até 1.000 megabits por segundo. Para efeitos de comparação, a conexão mais rápida disponível nos Estados Unidos antes do lançamento do Google Fiber era a vendida pela Verizon, com 300 megabits por segundo. A maior velocidade disponível no Brasil é de 100 megabits por segundo.
Outra faceta da oferta do Google é um serviço de TV a cabo, o Fiber TV. O Fiber e o Fiber TV estão disponíveis no momento somente em Kansas City, no Missouri, onde a companhia investiu 500 milhões de dólares para construir uma rede de fibra óptica pela cidade. A ideia da empresa é testar o mercado e ver se existe demanda suficiente para justificar um investimento em outras cidades.
Esse teste da demanda fica explícito no modo com que o Google oferece o serviço. Embora existam áreas de Kansas City já prontas com cabos de fibra óptica, principalmente o centro da cidade, outros bairros precisam votar em conjunto no site do Google Fiber para conseguir o serviço. O bairro que tiver mais votos assim demonstra para a empresa que instalar mais pontos da rede na área faz sentido comercial. Não é uma expansão geométrica, mas seletiva.
O Google oferece três planos para os moradores de Kansas City. O primeiro é de internet gratuita, embora o consumidor precise pagar uma taxa única de instalação de 300 dólares, que pode ser parcelada em 25 dólares mensais.
A partir daí, o Google entrega internet por pelo menos sete anos na velocidade média do mercado americano, ou seja, de até 5 megabits por segundo. O segundo plano é o da conexão de 1.000 megabits por segundo. Ela custa 70 dólares por mês, sem limites de download, e o consumidor também leva 1 TB de armazenagem nas nuvens.
O terceiro acrescenta ao plano anterior o Fiber TV, com centenas de canais, e o comprador também leva um Nexus 7 de controle remoto para todo o sistema. Tudo isso custa 120 dólares mensais, menos que os 210 mensais cobrados pela Verizon pela sua internet de 300 megabits por segundo.
Uma falha do serviço é que o Google não conseguiu fechar acordo com a Time Warner e a Disney para a inclusão de canais como o Discovery Channel, a ESPN, a CNN ou HBO. Parte disso é o temor delas pela entrada do Google no mercado.
A Time Warner Cable oferece o mesmo serviço de internet e TV a cabo em Kansas City. E passou a premiar empregados das parceiras do Google que instalavam os cabos de fibra óptica por quaisquer informações que eles tivessem sobre os planos da empresa. Qualquer informação era premiada com 50 dólares.
É só um exemplo de um competidor que tem muito medo da chegada do Google a esse mercado. Com razão.
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