CartaExpressa
No Pará, Macron condecora Raoni e Lula defende ‘compartilhar com o mundo’ exploração da biodiversidade
O líder kayapó é uma das personalidades mais emblemáticas na defesa da Amazônia
O presidente da França, Emmanuel Macron, condecorou nesta terça-feira 26 o cacique Raoni Metuktire com a Legião da Honra, a mais alta distinção do país. O líder kayapó é uma das personalidades mais emblemáticas na defesa da Amazônia.
A homenagem ocorreu na ilha do Combu, no Pará, ao lado do presidente Lula (PT). Este é o primeiro dia da visita de Macron ao Brasil. Durante a cerimônia, o petista reafirmou o compromisso de seu governo de erradicar o desmatamento em territórios amazônicos até 2030, mas fez uma ressalva.
“O que nós queremos é compartilhar com o mundo a exploração e a pesquisa da nossa riqueza de biodiversidade, da nossa riqueza daqui, mas que os indígenas possam participar de tudo o que for usufruído da terra que eles moram”, disse. “Nós não queremos transformar a Amazônia no santuário da humanidade.”
Raoni instou, por sua vez, os presidentes a continuarem defendendo as causas indígenas para proteger a floresta. Ele pediu a ambos que o acompanhassem em sua aspiração de receber o Prêmio Nobel da Paz.
“Não tem ninguém no planeta Terra que mereça ganhar o Prêmio Nobel da Paz mais do que você, pelos efeitos da sua passagem pelo planeta Terra”, respondeu Lula.
(Com informações da AFP)
Relacionadas
CartaExpressa
Zanin se declara impedido de julgar recurso de Bolsonaro contra inelegibilidade
Por CartaCapitalCartaExpressa
Ministro do Trabalho anuncia a liberação de R$ 2,9 bilhões para atingidos por temporais no RS
Por CartaCapitalCartaExpressa
O que os brasileiros pensam sobre os conselhos de Janja a Lula, segundo pesquisa CNT/MDA
Por Camila da SilvaCartaExpressa
Tragédia no RS pode forçar o Brasil a importar arroz e feijão, diz Lula
Por André LucenaApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.