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China afirma que apoia novo projeto de resolução na ONU para cessar-fogo em Gaza

Depois de vetar, junto com a Rússia, o texto produzido pelos EUA, Pequim informa concordar com a nova proposta elaborada pela Argélia e outros países árabes

China afirma que apoia novo projeto de resolução na ONU para cessar-fogo em Gaza
China afirma que apoia novo projeto de resolução na ONU para cessar-fogo em Gaza
Zhang Jun, representante da China no Conselho de Segurança da ONU. Foto: ANGELA WEISS / AFP
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A China afirmou nesta segunda-feira que apoia um novo projeto de resolução na ONU para um cessar-fogo “imediato” na Faixa de Gaza, depois que Pequim e Moscou rejeitaram um texto apresentado na semana passada pelos Estados Unidos.

“A China apoia este projeto de resolução e felicita a Argélia e outros países árabes por seu trabalho”, afirmou o porta-voz da diplomacia, Lin Jian.

“Esperamos que o Conselho de Segurança o aprove o mais rápido possível e envie um sinal forte para o fim das hostilidades”, acrescentou.

A votação, que estava prevista para sábado, foi adiada para esta segunda-feira para evitar um novo fracasso.

Rússia e China vetaram na sexta-feira um projeto de resolução proposto pelos Estados Unidos, que destacava a “necessidade de um “cessar-fogo imediato” em Gaza.

A proposta americana vinculava o cessar-fogo à libertação dos reféns sequestrados pelo Hamas no ataque contra Israel em 7 de outubro, que desencadeou o atual conflito.

O texto de Washington não exigia explicitamente um cessar-fogo imediato e utilizava termos ambíguos, segundo os países árabes, a China e a Rússia.

A nova proposta, a qual a AFP teve acesso no domingo, “exige um cessar-fogo imediato para o mês do Ramadã” – que já começou há 15 dias – “que conduza a um cessar-fogo duradouro e permanente” e “exige a libertação imediata e incondicional de todos os reféns”.

Analistas apontam a mudança de postura de Washington, pressionado sobretudo pela opinião pública em plena campanha eleitoral, para limitar o seu apoio a Israel.

Até agora, o governo dos Estados Unidos expressaram oposição sistemática ao termo “cessar-fogo” nas resoluções da ONU e bloquearam três textos.

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