Cultura
A sagração de Deborah Colker
No ano em que sua companhia completa três décadas de existência, a coreógrafa e bailarina carioca leva ao palco a partitura centenária de Stravinski
Poucas obras de arte resistem tão bem ao tempo quanto A Sagração da Primavera. Composta por Igor Stravinski para um balé assinado por Vaslav Nijinski, a peça anteviu as convulsões sociais do século XX em uma partitura repleta de pulsações e dissonâncias que assombram plateias e fascinam artistas desde a sua estreia, em 1913.
Essa força levou coreógrafos de todo o mundo a criar suas versões para a icônica montagem. No centenário da peça, a historiadora Ismene Brown contabilizava quase 200 delas, de Martha Graham a Akram Khan, passando por Pina Bausch, Maurice Béjart, Paul Taylor e Mats Ek, entre outros. Este ano, é a vez de Deborah Colker juntar-se à lista.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.