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Superfaturamento em equipamentos contra a Covid-19 motiva operação da PF em Duque de Caxias
Operação se baseia em investigações da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU); prejuízo estimado está na casa dos 5 milhões de reais


A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quarta-feira 20, a Operação Janus, que tem como objetivo apurar o suposto superfaturamento em compras de equipamentos de combate à Covid-19 pela Prefeitura de Duque de Caxias (RJ).
Segundo as investigações, o caso pode ter levado a um prejuízo de 5 milhões de reais aos cofres públicos.
Na operação desta quarta, cerca de cinquenta policiais federais e doze auditores da Controladoria-Geral da União (CGU) cumprem dez mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e empresas no Rio de Janeiro, em Duque de Caxias e Bom Jardim.
“Os valores dos contratos firmados entre 2020 e 2022 pela Prefeitura de Duque de Caxias (RJ) com a empresa investigada superaram R$ 60 milhões. Em um dos contratos analisados pela CGU, o valor alcançava cerca de R$ 27 milhões para aquisição de equipamentos a serem utilizados no período da pandemia de Covid-19”, explicou a CGU, através de nota.
O órgão informou, ainda, que “as investigações verificaram que contratações eram direcionadas para empresa que possuía supostos vínculos com servidores municipais e que os preços contratados eram, em regra, superiores aos parâmetros de mercado, além de indícios de conluio entre as empresas participantes da cotação de preços e de lavagem de capitais”.
Segundo informações da TV Globo, um dos alvos da operação seria o ex-secretário de Saúde de Caxias, José Carlos de Oliveira. Até o momento, ele ainda não se manifestou sobre a operação.
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