Política
O que se sabe sobre a operação policial na sede da Prefeitura de Goiânia
A Polícia Civil do município cumpre 32 mandados de busca e apreensão contra servidores e pessoas físicas nesta quarta-feira 20


A Polícia Civil de Goiás cumpre 32 mandados de busca e apreensão na prefeitura de Goiânia e na casa de servidores municipais na manhã desta quarta-feira 20.
A Operação da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (Deccor) apura suspeita de fraude em licitações, modificação irregular de contratos, peculato, constituição de organização criminosa, corrupção ativa e passiva na gestão Rogério Cruz (Republicanos).
Os investigadores apontam que os crimes começaram a ser praticados em 2022, envolvendo a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra), Secretaria Municipal de Administração (Semad) e Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma).
Servidores e empresas teriam se unido para fraudar licitações e conseguir fechar contratos para construção das obras de recapeamento da malha asfáltica de Goiânia.
Ao menos cinco licitações têm indícios de fraude e com elas foram fechados dez contratos em favor das empresas investigadas. Com o superfaturamento dos valores, eles teriam recebido mais de 50 milhões de reais.
A Polícia identificou ainda que a empresa falsificou uma certidão da Agência Nacional do Petróleo (ANP) para comercializar o produto de emulsão asfáltica.
Ao todo foram deflagrados:
- 25 mandados contra pessoas físicas;
- 4 mandados em sedes de órgãos públicos municipais;
- 3 mandados em sedes de empresas.
Também foram autorizadas medidas judiciais para o afastamento dos sigilos bancários e fiscais de 29 investigados, além da suspensão dos contratos com suspeitas de fraudes.
Em nota, a Prefeitura de Goiânia informou que colabora com as investigações e “está contribuindo com o acesso de equipes de policiais aos locais que estão sendo visitados para coleta de equipamentos ou documentos”.
Ao todo, 160 policiais civis e oito peritos criminais estão empenhados na operação.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Superfaturamento em equipamentos contra a Covid-19 motiva operação da PF em Duque de Caxias
Por André Lucena
Operação tenta prender policiais que faziam segurança para bicheiro no Rio de Janeiro
Por CartaCapital
PGR tem 15 dias para de manifestar sobre relatório da PF que indicia Bolsonaro e Mauro Cid
Por CartaCapital
Quem é Gutemberg Reis, deputado indiciado por fraude no cartão de vacinação de Bolsonaro
Por CartaCapital