Mundo

Na Celac, Lula denuncia ‘carnificina’ e pede moção pelo fim do ‘genocídio’ em Gaza

‘As pessoas estão morrendo na fila para obter comida. A indiferença da comunidade internacional é chocante’, criticou o petista

Na Celac, Lula denuncia ‘carnificina’ e pede moção pelo fim do ‘genocídio’ em Gaza
Na Celac, Lula denuncia ‘carnificina’ e pede moção pelo fim do ‘genocídio’ em Gaza
Foto: Ricardo Stuckert
Apoie Siga-nos no

O presidente Lula (PT) sugeriu nesta sexta-feira 1º uma moção pelo fim do “genocídio” na Faixa de Gaza, durante discurso na 8ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, a Celac. O encontro ocorre em Kingstown, em São Vicente e Granadinas.

Na ocasião, Lula mencionou a ação de Israel que matou mais de 100 palestinos desesperados por comida em Gaza, na quinta 29. “As pessoas estão morrendo na fila para obter comida. A indiferença da comunidade internacional é chocante.”

“Eu quero aproveitar a presença do nosso querido companheiro secretário-geral da ONU, António Guterres, para propor uma moção da Celac pelo fim imediato desse genocídio“, afirmou.

A Guterres, Lula sugeriu recorrer ao artigo 99 da Carta da ONU, a fim de “levar à atenção do Conselho tema que ameaça a paz e a segurança internacional”.

“Já são mais de 30 mil mortos. As vidas de milhares de mulheres e crianças inocentes estão em jogo. As vidas dos reféns do Hamas também estão em jogo”, prosseguiu o presidente. “A nossa dignidade e humanidade estão em jogo. Por isso é preciso parar a carnificina em nome da sobrevivência da humanidade, que precisa de muito humanismo.”

Em busca de resultados concretos, Lula voltou a pedir que os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU trabalhem pela paralisação da guerra na Faixa de Gaza

Os integrantes permanentes são os únicos com poder de veto no colegiado. São eles: China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos. 

O Conselho aprovou, por exemplo, resoluções para a entrada de ajuda humanitária em Gaza, mas vetou ao menos três proposições sobre o cessar-fogo na região.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo