Cultura
Escrever sobre e sob a enfermidade
‘O Gaucho Insofrível’ foi deixado por Roberto Bolaño na sede da editora na véspera de sua última internação
Embora o chileno Roberto Bolaño, morto aos 50 anos, tenha obtido grande reconhecimento em vida, são as obras póstumas que, ao longo das duas últimas décadas, têm ajudado a cimentar seu nome no panteão dos grandes autores latino-americanos.
O Gaucho Insofrível, lançado agora no Brasil, abriu a leva de textos que são póstumos, mas que haviam sido garimpados pelo próprio autor. Diagnosticado com uma doença hepática em 1992, ele buscava, na fase final da vida, formas de manter a si e a família.
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