Economia
No G20, Campos Neto defende estabilidade monetária para combater a pobreza
Para o presidente do BC, o aumento do endividamento de governos durante a pandemia terá de ser enfrentado no futuro
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta quarta-feira 28 que controlar a inflação é parte do combate à pobreza e a desigualdades sociais.
A declaração foi concedida em São Paulo, durante uma reunião de ministros da Fazenda e presidentes de bancos centrais do G20.
“A inflação impacta negativamente os índices de pobreza e atinge de forma desproporcional os mais vulneráveis, aprofundando as desigualdades sociais”, afirmou o banqueiro.
Campos Neto ainda se disse alinhado ao governo federal e reafirmou parte do discurso proferido pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT).
“Lutar contra a pobreza e a desigualdade [representa] o centro das nossas propostas”, ressaltou. “A melhor contribuição da política monetária para crescimento sustentável, baixo desemprego, aumento de renda e melhora das condições de vida da população é manter a inflação baixa, estável e previsível.”
Segundo o presidente do Banco Central, o trabalho sincronizado das autoridades monetárias proporcionou um momento de estabilidade no mundo. “Mas o processo ainda não acabou. Ainda há riscos pela frente e trabalho para ser feito na reta final”, ponderou.
Na avaliação de Campos Neto, o aumento do endividamento de governos durante a pandemia é um tema que terá de ser enfrentado no futuro.
(Com informações da Agência Brasil)
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.