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‘Não podemos dar uma de Bambam contra Popó’, diz Moraes, ao defender regulação das redes

Ministro lembrou partida de boxe em que influenciador foi derrotado em menos de um minuto: ‘Temos que ficar alertas e fortalecer a democracia’

‘Não podemos dar uma de Bambam contra Popó’, diz Moraes, ao defender regulação das redes
‘Não podemos dar uma de Bambam contra Popó’, diz Moraes, ao defender regulação das redes
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, em evento da USP. Foto: Reprodução
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, afirmou que “nós não podemos dar uma de Bambam contra o Popó” ao pregar o fortalecimento das instituições democráticas e defender a regulamentação das redes sociais.

A declaração ocorreu nesta segunda-feira 26, durante cerimônia de recepção de calouros na Universidade de São Paulo. Na aula magna, Moraes abordou a produção de informações falsas por meio de inteligência artificial e alertou para a distorção das eleições.

“Nós não podemos nos enganar. Nós não podemos baixar a guarda. Não podemos dar uma de Bambam contra o Popó, que durou 36 segundos. Nós temos que ficar alertas e fortalecer a democracia, fortalecer as instituições e regulamentar o que precisa ser regulamentado”, declarou.

“Não podemos cair desse discurso fácil de que regulamentar as redes sociais é ser contra a liberdade de expressão. Isso é um discurso mentiroso, que pretende propagar o discurso de ódio, a lavagem cerebral em milhões de pessoas”, prosseguiu.

Moraes fez referência à partida de boxe entre o atleta Acelino Popó Freitas e o influenciador Kleber Bambam, ocorrida na madrugada de sábado 24 para domingo 25, em São Paulo. Na ocasião, Popó venceu Bambam em menos de um minuto.

O ministro afirmou que, no Brasil, “o ataque ao Judiciário foi mais amplificado” em relação a outros países e argumentou que isso se deu por conta da existência da Justiça Eleitoral.

O magistrado disse ainda que “canhões foram direcionados” pelo “populismo extremista no Brasil” contra o Judiciário e afirmou que pilares da democracia chegaram a ser abalados.

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