Política
PF desmente detenção de jornalista português que veio para o ato de Bolsonaro
Europeu publicou vídeo nas redes sociais alegando que foi indevidamente impedido de entrar no Brasil


A Polícia Federal desmentiu a versão apresentada pelo jornalista português Sérgio Tavares de que teria sido impedido de entrar no País por motivos políticos.
Pelas redes sociais, o europeu divulgou um vídeo no qual alega que foi indevidamente impedido de entrar no Brasil, onde veio acompanhar o ato bolsonarista agendado para este domingo 25, em São Paulo.
“Estou retido no aeroporto de São Paulo, todos os passageiros tiveram autorização para sair, menos eu. A Polícia Federal tem o meu passaporte retido e dizem-me que o superior me quer fazer questões. Tudo porque vim divulgar a manifestação pela democracia convocada por Bolsonaro”, escreveu o jornalista em legenda de vídeo publicado no X, antigo Twitter.
Segundo a PF, o profissional foi retido pelo setor de imigração após afirmar que teria vindo trabalhar no País, sem apresentar o visto necessário para desempenhar atividade profissional.
“Tal indivíduo teria publicado em suas redes sociais que viria ao país para fazer a cobertura fotográfica de um evento. Todavia, para isso, é necessário um visto de trabalho, o que ele não apresentou”, diz a nota da corporação.
A nota ainda afirma que o estrangeiro foi indagado sobre comentários que fez sobre a democracia no Brasil, nas quais teria afirmando que o País vive uma “ditadura do Judiciário”, além de outras afirmações na mesma linha, postadas em suas redes sociais.
Em mensagem postada ainda antes de adentrar em território brasileiro, o português disse que sua viagem ao Brasil “serviria para mostrar à Europa um gigantesco grito de revolta do povo brasileiro contra a ditadura em que o país mergulhou”.
O jornalista foi liberado pelos agentes imigratórios ainda neste sábado, 24.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Ao lado de Eduardo Bolsonaro, Paulo Figueiredo diz que ato na Paulista é para pressionar STF
Por CartaCapital
É uma vergonha políticos irem a ato pró-Bolsonaro, diz Gleisi
Por CartaCapital