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Ex-informante do FBI acusado de mentir sobre Joe e Hunter Biden é preso novamente
O caso enfraquece a investigação de impeachment que os republicanos no Congresso estão promovendo contra o presidente dos Estados Unidos


Um ex-informante do FBI, processado por mentir e fabricar falsas acusações de corrupção contra o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e seu filho Hunter, foi preso nesta quinta-feira (22) em Las Vegas, segundo seus advogados, por receio de que ele fuja da justiça.
Alexander Smirnov, de 43 anos, é um ex-informante russo-israelense do FBI que foi detido pela primeira vez na semana passada no estado de Nevada.
Ele é suspeito de mentir ao acusar falsamente o presidente dos Estados Unidos e seu filho Hunter de receberem cada um cinco milhões de dólares em subornos para permitir que a Burisma, uma empresa de gás ucraniana, evitasse ser processada.
No início desta semana, ele foi libertado sob a condição de entregar seu passaporte e permitir ser localizado. No entanto, ele foi detido novamente nesta quinta-feira no escritório de seus advogados, disseram os defensores em documentos judiciais.
Seus advogados, David Chesnoff e Richard Schonfe, afirmaram que a presença de Smirnov em seus escritórios “contradiz a ideia de que ele corre o risco de fugir” e solicitaram urgentemente uma audiência para libertá-lo.
A acusação contra Smirnov alega que ele forneceu ao FBI “informações falsas e difamatórias sobre” Joe e Hunter Biden. O caso enfraquece a investigação de impeachment que os republicanos no Congresso estão promovendo contra o presidente dos Estados Unidos, a menos de um ano de uma provável nova eleição entre o democrata e Donald Trump.
Um setor dos republicanos acusa Joe Biden, até agora sem provas conclusivas, de ter usado sua influência quando era vice-presidente de Barack Obama (2009-2017) para permitir que seu filho Hunter realizasse acordos questionáveis na Ucrânia e na China.
A versão de Smirnov vazou e alimentou essas acusações, mas é uma história completamente inventada, afirma a acusação.
O acusado, que poderia enfrentar até 25 anos de prisão, também admitiu aos investigadores que recebeu informações de pessoas ligadas à inteligência russa.
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