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Pelas costas

Confortáveis no mercado de dívida pública, os bancos privados parecem temer a concorrência do BNDES

Retomada. Aloizio Mercadante busca recompor as fontes de captação do BNDES, que voltou a ofertar crédito para empresas como a Embraer – Imagem: Ricardo Beccari/Embraer e Fábio Rodrigues Pozzebom/ABR
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Em recente pesquisa do Datafolha, 95% dos entrevistados apontaram aspectos positivos no BNDES. O levantamento mostra que o banco público é visto pela população como uma instituição que promove o desenvolvimento do País e gera empregos, além de contribuir com o desenvolvimento empresarial e da infraestrutura. O reconhecimento público de suas virtudes coincide, porém, com uma campanha de ataques promovida pelo sistema financeiro privado. A escalada, constante nos governos do PT, só arrefeceu nos governos Temer e Bolsonaro, quando as operações de financiamento de longo prazo para investimentos foram asfixiadas e não se escondia a intenção de atrofiar ou privatizar o banco.

O recrudescimento da rejeição da banca privada ao BNDES aparece em outra pesquisa, realizada pelo Banco Central e divulgada no dia seguinte ao levantamento do Datafolha. A Pesquisa ­Trimestral de Condições do Mercado de Crédito, do BC, mostra que as instituições financeiras aumentaram de 4,52 para 5,55 o grau de importância que dão à concorrência do ­BNDES. É o maior valor registrado em oito anos, em uma escala de 0 a 10. A última vez que elas deram tanto peso à concorrência do BNDES foi em 2015, com 5,58, no governo de Dilma Rousseff.

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