CartaExpressa
Tesoureiro do BRB é suspeito de desviar R$ 3,5 milhões para apostas online
Funcionário teria fraudado documentos contábeis para encobrir a suposta fraude; operação da Polícia Civil do DF está em andamento nesta terça-feira


Um tesoureiro de uma agência do Banco Regional de Brasília foi alvo de uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal por suspeita de desviar 3,5 milhões de reais para jogo de apostas virtuais. A ação policial está em andamento nesta terça-feira 20.
A denúncia foi feita às autoridades após uma auditoria do BRB, que identificou irregularidades contábeis na agência. A operação cumpre, nesta terça, mandados de busca e apreensão, além do bloqueio de contas do funcionário investigado.
Segundo as investigações, o tesoureiro retirava dinheiro da agência e depositava em sua conta pessoal. Para encobrir a fraude, ele falsificava documentos.
Os valores supostamente desviados foram utilizados para jogos de apostas virtuais. Ainda não se sabe se há envolvimento de outros servidores do banco na fraude.
A Justiça determinou, até o momento, o bloqueio de 3,5 milhões de reis das contas do funcionário. O bloqueio inclui ativos financeiros, investimentos e seguros de vida em nome do tesoureiro.
O tesoureiro, que ainda não teve o nome revelado, é suspeito de peculato e lavagem de dinheiro. As penas somadas dos crimes podem chegar a 22 anos de prisão.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Como funcionava o esquema de um universitário para fraudar o Enem no Pará, segundo PF
Por André Lucena
Alvo de operação sobre trama golpista, padre diz que não entregou senhas à PF por guardar ‘confidências’ de fiéis
Por CartaCapital