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Foi dada a largada

O primeiro mês do ano termina com os estaduais a todo vapor, sorteio da Copa do Brasil e Torneio Pré-Olímpico em curso

Foi dada a largada
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Tabu. SPFC bate o Corinthians no Itaquerão – Imagem: Guilherme Veiga/Agência Paulistão
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A temporada 2024 começou a todo vapor. Com os times contratando às dúzias, o mercado futebolístico mais parece uma feira, com seus pregões, compras e vendas. E, nesse troca-troca, alguns times têm saído no lucro.

Melhor assim. Não faz sentido que uma atividade tão valorizada como é o futebol dê prejuízo.

Ao mesmo tempo, essas negociações têm várias implicações. Uma delas é a saída prematura das jovens promessas do País.

A mim parece realmente preocupante essa condição de exportadores de “pé de obra”.

Dentro do “esporte-negócio”, é um pouco como ser um grande produtor e passar necessidades.

Mas, na prática, também foi dada a largada para os torneios e, imediatamente, ficamos estonteados.

Os campeonatos estaduais, de tão movimentada a agenda, têm programado jogos até às segundas-feiras à noite.

E muitas das partidas são jogadas em lugares distantes, a quilômetros e quilômetros de clubes considerados “pequenos”. A mim, parece desperdício de tempo e dinheiro. Estarei errado?

Entre as partidas pelos estaduais, teve destaque, na terça-feira 30, o Majestoso, entre São Paulo e Corinthians na Neo Química Arena, na Zona Leste de São Paulo, pelo Paulistão.

A partida quebrou o tabu de que o ­SPFC não conseguia vencer o ­Corinthians em casa.

A partida, que terminou em 2 a 1 para o time do Morumbi, deu ânimo para o tricolor enfrentar o Palmeiras, no domingo 4, pela Supercopa do Brasil de Futebol, chamada de Supercopa Rei, disputada entre o campeão do Campeonato Brasileiro de Futebol e o campeão da Copa do Brasil de Futebol. A partida acontecerá no Mineirão.

No Campeonato Carioca, merece atenção o lançamento da campanha “Carioca da Paz”, encampada pela Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj).

A campanha profilática antiviolência dentro e fora dos estádios surge às vésperas do primeiro clássico do ano, entre Flamengo e Vasco da Gama, no Maracanã, também no domingo 4, logo depois da disputa entre os times paulistas pela Supercopa.

Vivemos dias tensos, em todos os sentidos, e os episódios violentos se deixam ver em todas as atividades da sociedade.

E já se sabe que encontros como o desse clássico carioca, a exemplo de tantos mais espalhados pelo País, são situações sob medida para que venham à tona sentimentos de raiva represados.

Embora as soluções para o problema da violência no futebol sejam ­estruturais, e sistêmicas, diante da pedra no meio caminho – o clássico no ­Maracanã –, é melhor prevenir que remediar.

Em meio a tantas disputas diferentes, não podemos perder de vista o Torneio Pré-Olímpico, com a Seleção Brasileira encerrando sua participação na primeira, nesta quinta-feira 1º, encarando a Venezuela, no Estádio Brígido Iriarte, em Caracas. O Torneio, organizado pela Conmebol, dará duas vagas para as Olimpíadas de Paris-2024.

Na equipe brasileira estão as nossas melhores revelações, algumas delas já “embaladas para viagem” para centros mais ricos e poderosos.

Esta semana, aconteceu, na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o sorteio para a definição dos confrontos da primeira fase da Copa do Brasil. Os jogos estão previstos para ocorrer nas semanas de 21 e 28 de fevereiro, somando-se ao exaustivo e insano calendário do futebol brasileiro.

Ao mesmo tempo, muitos clubes ainda estão envolvidos nas apelidadas “pré-temporadas”, algumas delas realizadas também em países distantes.

Por fim, registro que vem ganhando corpo é a discussão sobre os campos de grama sintética.

No domingo 28, Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, criticou as condições do gramado do Allianz Parque, e levou o clube a decidir não jogar em casa até que haja a troca do tapete sintético. •

Publicado na edição n° 1296 de CartaCapital, em 07 de fevereiro de 2024.

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