Política
Padre Kelmon lançou pré-candidatura em São Paulo sem conversar com o partido, diz presidente do PRD
O suposto pré-candidato ganhou projeção em 2022, quando se tornou o representante do PTB na disputa presidencial


O presidente nacional do Partido Renovação Democrática, Ovasco Resende, afirma que a sigla não chancelou o lançamento da pré-candidatira de Padre Kelmon à prefeitura de São Paulo neste ano.
“Esse assunto não foi discutido internamente no partido. Desconhecemos”, disse Resende em contato com CartaCapital. O PRD ainda não decidiu se terá um candidato próprio na disputa.
Kelmon não apenas se lançou à corrida rumo à prefeitura, mas indicou já ter um favorito para vice: seria o pastor evangélico Manoel Lopes Ferreira Junior.
O suposto pré-candidato em São Paulo ganhou projeção em 2022, quando se tornou o representante do PTB no pleito presidencial, após a Justiça Eleitoral impugnar Roberto Jefferson.
O Partido da Renovação Democrática nasceu da fusão entre o PTB e o Patriota e é o terceiro na lista das siglas com mais filiados. A nova legenda conta com 1,3 milhão de pessoas em suas fileiras, segundo dados atualizados até 21 de dezembro de 2023.
Em outubro do ano passado, antes de a fusão se concretizar, o PTB tinha 1,02 milhão de filiados, enquanto o Patriota somava 319 mil.
A fusão começou a ser negociada entre os partidos no fim de 2022, porque ambos falharam em alcançar a cláusula de desempenho nas eleições. Naquele pleito, o Patriota elegeu quatro deputados federais e o PTB, apenas um.
Com o baixo número de representantes eleitos, as legendas não teriam acesso ao Fundo Partidário e ao tempo eleitoral de TV. Após a fusão, o PRD terá direito a uma parcela do Fundo Partidário de 22 milhões de reais, segundo estimativas do Tribunal Superior Eleitoral, que aprovou a união em novembro do ano passado.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Boulos critica governo Lula por parcerias público-privadas em presídios: ‘Inaceitável’
Por Victor Ohana
Os planos de Tarcísio e Nunes para a segurança na região central de São Paulo
Por Ana Luiza Basilio
Tarcísio anuncia ex-comandante da Rota para vice de Nunes em São Paulo; conheça Mello Araújo
Por CartaCapital