CartaExpressa
Temer define Haddad como ‘agradável surpresa’ após o 1º ano de governo
Para o ex-presidente, o arcabouço fiscal mantém ‘intacta a ideia de um teto para as despesas públicas’


O ex-presidente Michel Temer (MDB) classificou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), como uma “agradável surpresa”. A declaração foi concedida durante um evento do UBS BB, em São Paulo, nesta terça-feira 30.
Segundo o emedebista, Haddad “faz o possível para manter a integridade das contas públicas”. No ano passado, o Congresso Nacional aprovou o novo arcabouço fiscal, uma regra desenhada pelo ministro para substituir o teto de gastos, imposto ao País durante o governo Temer.
“Se o novo teto vai dar certo ou não, só o tempo vai dizer”, prosseguiu o ex-presidente. “Mas, de qualquer forma, continua intacta a ideia de um teto para as despesas públicas.”
O arcabouço fiscal estabelece a meta de zerar o rombo nas contas públicas já em 2024. O déficit ocorre quando a arrecadação fica abaixo dos gastos, sem considerar o pagamento de juros da dívida pública.
Em 2023, o déficit foi de 230 bilhões de reais, resultado que Haddad atribui ao governo de Jair Bolsonaro (PL).
“Esse resultado é expressão de uma decisão que o governo tomou de pagar o calote que foi dado, tanto em precatórios, quanto nos governadores em relação ao ICMS sobre combustíveis”, justificou. “Desses 230 bilhões, praticamente a metade disso é pagamento de dívida do governo anterior.”
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Haddad: Pagamento de dívidas deixadas por Bolsonaro causaram déficit de R$ 230 bi em 2023
Por Victor Ohana
Pagamento de precatórios eleva déficit para R$ 230,54 bi em 2023
Por Agência Brasil
TCU aponta possibilidade déficit de até R$ 55,3 bi em 2024
Por CartaCapital