Mundo
Biden convida para discurso mulher que teve de sair do Texas para abortar
Kate Cox concordou em comparecer ao Congresso em 7 de março para o tradicional discurso dos presidentes
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e sua esposa convidaram para o discurso do Estado da União uma mulher que precisou sair do Texas para conseguir fazer um aborto, anunciou a Casa Branca nesta quarta-feira 24.
Kate Cox concordou em comparecer ao Congresso em 7 de março para o tradicional discurso dos presidentes americanos, declarou a porta-voz Karine Jean-Pierre.
“No domingo, o presidente e a primeira-dama conversaram com Kate, que foi obrigada a recorrer aos tribunais para pedir permissão para receber o atendimento de que precisava devido a uma gravidez inviável, que ameaçava a sua vida”, explicou Karine. Os Biden “agradeceram a Kate por sua coragem em compartilhar sua história e falar sobre o impacto da proibição extrema do aborto no Texas.”
A história de Kate Cox comoveu o país. Ela estava grávida de cerca de 21 semanas quando foi confirmado que seu feto tinha uma anomalia cromossômica associada a malformações graves.
Segundo o médico de Kate, a gravidez também colocava em risco sua saúde e sua fertilidade, mas o aborto foi negado por causa das leis do Texas. Ela teve de procurar outro estado para realizar um aborto de emergência.
O caso ilustra os problemas enfrentados por pacientes e médicos desde que a Suprema Corte anulou a garantia federal do direito ao aborto, em junho de 2022. Desde então, vários estados do país restringiram ou proibiram a interrupção voluntária da gestação.
Biden acusa Donald Trump de estar “empenhado” em restringir o acesso ao aborto, um tema que pretende usar contra o republicano na campanha eleitoral.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também
Alabama realizará a 1ª execução com gás nitrogênio nos EUA
Por AFP
Principal sindicato automobilístico dos EUA defende voto em Biden para presidente
Por AFP
Trump vence Haley nas primárias republicanas de New Hampshire
Por AFP



