‘Voltei a ter medo de uma guerra nuclear’, diz Celso Amorim
Ex-ministro das Relações Exteriores, o atual assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais fala sobre a reconstrução da imagem do Brasil no exterior
Ex-chanceler, atual assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Celso Amorim acumula seis décadas de atuação diplomática. Na entrevista a Sergio Lirio, redator-chefe de CartaCapital, Amorim relata a reinserção global do Brasil, após quatro anos de absoluta e premeditada ausência do debate externo, período em que o País se tornou um pária por obra de Jair Bolsonaro. Em um ambiente cada vez mais complexo e tenso, o ex-chanceler afirma sentir novamente o medo de uma guerra nuclear, um temor que havia experimentado apenas no início da carreira, nos anos 1960.
A entrevista não se resume, porém, às ameaças do presente. Amorim faz um balanço positivo da retomada do protagonismo internacional sob Lula e destaca o novo componente da política externa, o compromisso com a preservação ambiental e o combate às mudanças climáticas. Javier Milei, Venezuela, guerra na Ucrânia, o massacre em Gaza, extrema-direita, inteligência artificial e o impasse no acordo Mercosul-União Europeia são outros temas centrais da conversa.
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