Sociedade

Ricardo Teixeira se afasta da CBF

Chefão do futebol ficará afastado por 60 dias. Seu vice José Maria Marin, ex-governador biônico de São Paulo, ocupa o cargo interinamente

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Ricardo Teixeira ficará afastado da CBF por 60 dias.
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Uma boa e uma má notícia para quem gosta de futebol: o chefão da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) Ricardo Teixeira pediu afastamento nesta quinta-feira 8, alegando motivos médicos. A licença valerá por 60 dias.

A notícia ruim é que tudo fica como está: quem assume interinamente o comando da confederação é o o vice-presidente José Maria Marin, ligado à Federação Paulista de Futebol.

Marin tem 79 anos e assume por ser o vice-presidente mais velho da entidade. Foi governador de São Paulo na época da Ditadura Militar, entre 1982 e 1983, sucedendo Paulo Maluf. O legado de Marin como governador, relembra-se: nenhum.

O grande feito do ex-governador paulista no futebol brasileiro foi, durante a premiação do Corinthians, campeão da Copa São Paulo de juniores deste ano, ter roubado uma medalha de campeão de um dos jogadores:

A presença de Marin na cabeça da CBF incomodou presidentes de outras federações estaduais, que enxergam um excesso de influência paulista e carioca na confederação. Ricardo Teixeira passou as últimas semanas tentando debelar a crise para, enfim, anunciar que entraria em licença médica.

Especulava-se sobre o afastamento de Ricardo Teixeira desde a metade de fevereiro, quando a Folha de S. Paulo provou um elo entre ele e a Ailanto Marketing, empresa que organizou um amistoso entre a seleção brasileira e a portuguesa no Distrito Federal, em 2008. Na ocasião, o governo distrital contratou a Ailanto sem licitação. O valor do contrato: 9 milhões de reais. Além do fato, causou forte estranheza a Ailanto não ter qualquer experiência em organização de eventos desse tipo. E, como se não bastasse, corre uma investigação no Tribunal de Contas local sobre um suposto superfaturamento na realização do jogo.

A Ailanto Marketing pertence ao espanhol Sandro Rosell, presidente do Barcelona FC e ex-diretor de marketing da Nike no Brasil. Ele e Teixeira são muito amigos.

Ricardo Teixeira comanda a CBF ininterruptamente desde 1989.

Uma boa e uma má notícia para quem gosta de futebol: o chefão da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) Ricardo Teixeira pediu afastamento nesta quinta-feira 8, alegando motivos médicos. A licença valerá por 60 dias.

A notícia ruim é que tudo fica como está: quem assume interinamente o comando da confederação é o o vice-presidente José Maria Marin, ligado à Federação Paulista de Futebol.

Marin tem 79 anos e assume por ser o vice-presidente mais velho da entidade. Foi governador de São Paulo na época da Ditadura Militar, entre 1982 e 1983, sucedendo Paulo Maluf. O legado de Marin como governador, relembra-se: nenhum.

O grande feito do ex-governador paulista no futebol brasileiro foi, durante a premiação do Corinthians, campeão da Copa São Paulo de juniores deste ano, ter roubado uma medalha de campeão de um dos jogadores:

A presença de Marin na cabeça da CBF incomodou presidentes de outras federações estaduais, que enxergam um excesso de influência paulista e carioca na confederação. Ricardo Teixeira passou as últimas semanas tentando debelar a crise para, enfim, anunciar que entraria em licença médica.

Especulava-se sobre o afastamento de Ricardo Teixeira desde a metade de fevereiro, quando a Folha de S. Paulo provou um elo entre ele e a Ailanto Marketing, empresa que organizou um amistoso entre a seleção brasileira e a portuguesa no Distrito Federal, em 2008. Na ocasião, o governo distrital contratou a Ailanto sem licitação. O valor do contrato: 9 milhões de reais. Além do fato, causou forte estranheza a Ailanto não ter qualquer experiência em organização de eventos desse tipo. E, como se não bastasse, corre uma investigação no Tribunal de Contas local sobre um suposto superfaturamento na realização do jogo.

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