Cartas Capitais

Fogo cruzado
Enquanto a linguagem do dinheiro for a única que conhecemos, ­situações como esta serão cada vez mais frequentes. A empresa armamentista que veicula propaganda ilegal, sabendo que está cometendo um crime, faz o cálculo do custo-benefício em ­cumprir ou não a norma. Se o aumento dos lucros for superior ao valor da multa, pode valer a pena ignorar a legislação.
Gabriel Almeida

O Brasil trabalhou por anos
em uma campanha para desarmar a população. Bastaram quatro anos de governo Bolsonaro para todo esse trabalho cair por terra. Pior, hoje há mais armas em circulação do que em qualquer outro momento.
Clotilde Abreu

Nesta semana, um empresário rico dos Jardins paulistano, detentor irresponsável de armas, matou e morreu em tiroteio com a polícia, sem nem sequer saber a razão que levou os agentes à sua porta. Este é o “cidadão de bem” armado?
Amorim Mori

Moro no Espírito Santo e aqui está cheio de bolsonaristas. O número de feminicídios só aumentou com a liberação das armas.
Fabíola Peterle

Um pouco de inteligência
É impressionante a quantidade de absurdos cometidos por Jair Bolsonaro para tentar se manter na ­Presidência em 2022, a exemplo da utilização da Abin para espionar ministros do Supremo, jornalistas e adversários. Felizmente, a incapacidade e o despreparo foram maiores, não conseguiram o intento deles. Restou apenas mais um órgão para Lula reformar.
Vilma Menezes

Cruel hipocrisia
Pessoas como Damares Alves são moralistas sem moral. Lembremo-nos das falas e atitudes bizarras dessa ex-ministra. Quantas barbaridades ela praticou em suas falas e ações à frente de sua pasta? O aborto deve ser encarado como uma questão de saúde pública no Brasil. Centenas de milhares de mulheres já morreram por praticar abortos clandestinos com métodos inseguros, simplesmente por não terem condições de frequentar clínicas particulares.
Paulo Sérgio Cordeiro

Mão na cumbuca
Eu diria que vivemos um parlamentarismo forçado. O toma lá, dá cá já foi sinônimo de governabilidade. Agora, essa turma deseja dividir todo o poder. Ao governo eleito não sobra margem de manobra para quase nada.
José Carlos Gama

Milei rasga a fantasia
O neoliberalismo tenta, a todo ­custo, mostrar que é a saída ou o único caminho para o bem-estar de uma nação. Milei me parece um bobo da ­corte de Mauricio Macri. Vai dançar ­conforme a música dos bancos, haja ­vista as instituições para as quais o atual ministro da Economia já trabalhou, a exemplo da JP Morgan. Enquanto os trabalhadores pensam em comida, o mercado só quer lucrar, não importa a miséria gerada com tamanha ­concentração de riqueza.
Adalmir Sandro