Editorial
O futebol perdeu sua magia
Na voz dos locutores, torcedores em vez de jornalistas, o esporte às vezes torna-se patético
Quando, ainda adolescente, cheguei ao Brasil, disseram-me que este era o país do carnaval e do futebol. Assim, decidi fundir o folião e o torcedor em uma única personagem. Antes de cair na gandaia, o cidadão cuidara de tirar o anel de doutor, “para não dar o que falar”. E em lugar de chá com torradas tomou goles de cachaça, vestiu uma camisa listrada e saiu por aí. Em todo caso, sorria quando o povo dizia “sossega leão”. Para melhor entendimento da figura, colocara um canivete no cinto e carregava um pandeiro na mão.
Fatal gol de Ghiggia… – Imagem: AFP/Arquivo
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O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
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