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Ministério da Saúde do Hamas acusa Exército israelense de atacar hospital em Gaza

O hospital Kamal Adwan, segundo o grupo palestino, está sitiado e vem sendo bombardeado por vários dias

Ministério da Saúde do Hamas acusa Exército israelense de atacar hospital em Gaza
Ministério da Saúde do Hamas acusa Exército israelense de atacar hospital em Gaza
Foto: MAHMUD HAMS / AFP
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O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, governada pelo movimento islamista Hamas desde 2007, acusou nesta terça-feira o Exército israelense de atacar um hospital no norte do território palestino.

“As força de ocupação israelenses estão atacando o hospital Kamal Adwan depois de sitiar e bombardear o local durante vários dias”, afirmou o porta-voz do ministério, Ashraf al-Qudra.

Os soldados “estão reagrupando os homens, incluindo os profissionais da saúde, no pátio do hospital e tememos que prendam ou matem os profissionais da saúde”, acrescentou.

“O hospital continua cercado por tropas e tanques israelenses. Há relatos de combates com grupos armados nas suas imediações por três dias consecutivos”, afirmou o Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) da ONU.

O hospital tem atualmente “65 pacientes, incluindo 12 crianças na UTI e seis recém-nascidos em incubadoras”, explicou a agência da ONU.

O local também abriga quase “3.000 deslocados internos”, que continuam “retidos nas instalações e aguardam a operação de retirada, com relatos de escassez extrema de água, comida e energia elétrica”, completou.

Procurado pela AFP, o Exército israelense não respondeu até o momento.

As tropas israelenses já entraram em outros centros médicos de Gaza, como o hospital Al Shifa, o maior do território.

A ONU destacou que apenas um hospital do norte da Faixa pode receber novos pacientes e que apenas 13 dos 36 hospitais do território estão operacionais.

O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza anunciou que mais 18.200 pessoas morreram e quase 50.000 ficaram feridas desde o início da guerra entre Israel e Hamas.

O conflito começou em 7 de outubro, quando milicianos islamistas entraram no sul de Israel, matando quase 1.200 pessoas, a maioria civis, e sequestrando 240.

Israel bombardeia o território palestino desde então e, no dia 27 de outubro, iniciou operações terrestres no enclave, com o objetivo de aniquilar o Hamas.

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