Sociedade
Fábio Assunção detona ação na Cracolândia
‘Nossas autoridades passeiam pela cracolândia como se estivessem no Simba Safari’, escreveu o ator no Facebook
Em seu perfil oficial no Facebook, o ator Fábio Assunção manifestou repúdio à postura de autoridades e de parte da sociedade que defendem a ação policial na região da Cracolândia, no centro de São Paulo.
Assunção, que recentemente foi internado numa clínica para dependentes químicos, escreveu que a discussão em torno do assunto “deixa evidente a dificuldade do homem em assumir e ser honesto frente à questão da dependência”.
“Quem realmente anda batendo cabeça não me parece ser apenas os dependentes de álcool e drogas”, escreveu o ator.
Sem citar o nome do governador Geraldo Alckmin (PSDB), ele criticou o fato de as autoridades passearem pela Cracolândia “como se estivessem no Simba Safari, olhando os animais do carro, rezando para não serem atacados”.
Assunção lembrou que 14% da população mundial, cerca de 700 milhões de pessoas, convivem com o problema e citou a “hipocrisia” com que os dependentes são tratados pela opinião pública, reduzidos à mera condição de “drogados”.
“Enquanto não nos libertarmos do nosso sentimento equivocado de superioridade aos que vivem num labirinto de desespero e solidão, e enquanto não formos honestos com nossas vidas, essa tristeza vai continuar”, escreveu.
“Um dia seus filhos os farão pensar sobre isso de forma humanitária. Nada como um dia após o outro. Crime é fechar os olhos àquilo que precisa de inteligência e verdade, além, claro, de amor”, completou.
Muito formador de opinião não conseguiu tocar tão perto da ferida.
Em seu perfil oficial no Facebook, o ator Fábio Assunção manifestou repúdio à postura de autoridades e de parte da sociedade que defendem a ação policial na região da Cracolândia, no centro de São Paulo.
Assunção, que recentemente foi internado numa clínica para dependentes químicos, escreveu que a discussão em torno do assunto “deixa evidente a dificuldade do homem em assumir e ser honesto frente à questão da dependência”.
“Quem realmente anda batendo cabeça não me parece ser apenas os dependentes de álcool e drogas”, escreveu o ator.
Sem citar o nome do governador Geraldo Alckmin (PSDB), ele criticou o fato de as autoridades passearem pela Cracolândia “como se estivessem no Simba Safari, olhando os animais do carro, rezando para não serem atacados”.
Assunção lembrou que 14% da população mundial, cerca de 700 milhões de pessoas, convivem com o problema e citou a “hipocrisia” com que os dependentes são tratados pela opinião pública, reduzidos à mera condição de “drogados”.
“Enquanto não nos libertarmos do nosso sentimento equivocado de superioridade aos que vivem num labirinto de desespero e solidão, e enquanto não formos honestos com nossas vidas, essa tristeza vai continuar”, escreveu.
“Um dia seus filhos os farão pensar sobre isso de forma humanitária. Nada como um dia após o outro. Crime é fechar os olhos àquilo que precisa de inteligência e verdade, além, claro, de amor”, completou.
Muito formador de opinião não conseguiu tocar tão perto da ferida.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.