Cultura
The Guardian: On the Road tem direção tediosa
Segundo jornal britânico, o novo filme de Walter Salles é chato e ‘cheio de si’


Sobra tédio e soberba ao novo filme de Walter Salles, On The Road (Na Estrada, no cartaz em português). A análise foi publicada no site do diário britânico The Guardian sobre o representante brasileiro em Cannes. “Os heróis de ‘On The Road’…soberbos e chatos” é o título da crítica.
Segundo a análise, assinada por Peter Bradshaw, Salles chegou a Cannes com um road movie de boa aparência, mas cheio de si e sem direção. O filme é baseado no livro escrito em 1957 por Jack Kerouac, ícone do movimento beatnik dos Estados Unidos.
Segundo o artigo, o filme tem sido injustamente comparado a outro longa de Walter Salles, Diários de Motocicleta, de 2004, sobre a viagem do jovem Che Guevara e Alberto Granado pela América Latina. Naquele filme, os viajantes aprendem a pensar e a se preocupar com o próximo”, o que não é o caso de On The Road.
No novo filme, destaca o artigo, Salles enfoca a forma passional com que os personagens se atiram à viagem e às festas entre bebedeiras, cigarro, sexo barato e se transformam em personagens narcisistas, vaidosos e chatos – isso tudo entre cenas de livros de Schopenhauer e Marcel Proust.
Para o diário, Salles acerta ao humanizar o personagem em seu processo de auto-descoberta para superar um trauma recente durante a viagem – ainda assim, num estilo de vida que será deixado de lado quando voltar à cidade grande, Nova York. Ainda assim, destaca o autor, a verossimilhança com o personagem do livro não tira a “ponta enfadonha de soberba” do filme.
Sobra tédio e soberba ao novo filme de Walter Salles, On The Road (Na Estrada, no cartaz em português). A análise foi publicada no site do diário britânico The Guardian sobre o representante brasileiro em Cannes. “Os heróis de ‘On The Road’…soberbos e chatos” é o título da crítica.
Segundo a análise, assinada por Peter Bradshaw, Salles chegou a Cannes com um road movie de boa aparência, mas cheio de si e sem direção. O filme é baseado no livro escrito em 1957 por Jack Kerouac, ícone do movimento beatnik dos Estados Unidos.
Segundo o artigo, o filme tem sido injustamente comparado a outro longa de Walter Salles, Diários de Motocicleta, de 2004, sobre a viagem do jovem Che Guevara e Alberto Granado pela América Latina. Naquele filme, os viajantes aprendem a pensar e a se preocupar com o próximo”, o que não é o caso de On The Road.
No novo filme, destaca o artigo, Salles enfoca a forma passional com que os personagens se atiram à viagem e às festas entre bebedeiras, cigarro, sexo barato e se transformam em personagens narcisistas, vaidosos e chatos – isso tudo entre cenas de livros de Schopenhauer e Marcel Proust.
Para o diário, Salles acerta ao humanizar o personagem em seu processo de auto-descoberta para superar um trauma recente durante a viagem – ainda assim, num estilo de vida que será deixado de lado quando voltar à cidade grande, Nova York. Ainda assim, destaca o autor, a verossimilhança com o personagem do livro não tira a “ponta enfadonha de soberba” do filme.
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