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A percepção dos brasileiros sobre a postura do governo na guerra em Gaza, segundo pesquisa
Os dados constam na pesquisa ‘Radiografia da Polícia Externa Brasileira’, aferida pela Atlas Intel e divulgada nesta quarta-feira 22
A maioria dos brasileiros entende que o governo Lula (PT) não adotou a postura correta diante do conflito entre Israel e Hamas, iniciado no dia 7 de outubro.
Para 43,4% o governo adotou uma postura mais favorável ao Hamas do que deveria; 36,3% entende que a postura adotada foi a correta; 11,3% acha que a postura foi mais favorável a Israel do que deveria.
Os dados constam na pesquisa ‘Radiografia da Polícia Externa Brasileira’, aferida pela Atlas Intel e divulgada nesta quarta-feira 22.
Ainda sobre o conflito, 58% dos entrevistados julgam que a culpa maior é do Hamas; 19,5% mencionam o mesmo nível de culpa entre o grupo e Israel; 12,5% entendem que o país de Benjamin Netanyahu é o mais culpado.
Também é expressiva a parcela dos entrevistados que dizem ser injustificáveis os ataques do grupo palestino (75,3%); para 18%, eles são justificáveis, em parte; e 6,7% entendem ser completamente justificados.
Quando questionados sobre se os ataques de Israel à Faixa de Gaza, que ocasionaram uma grande crise humanitária na região, são justificados a percepção muda. 45,7% dizem não serem justificáveis; 27,4% entendem serem justificáveis, em parte; e 26,9% completamente justificados.
Adiante a pesquisa quis saber dos entrevistados se eles entendem que o estabelecimento do estado moderno de Israel na Palestina constitui um processo de ocupação colonial – 33,3% responderam que sim e 23,5% que não. A maioria dos consultados (43,2%) não soube responder.
Ainda para 25% dos respondentes, o sionismo representa uma aspiração legítima do povo judeu; 21,5% não concordam com a afirmação. Novamente a maioria (53,6%) não soube responder.
Questionados se os bombardeios de Israel na Faixa de Gaza constituem terrorismo de estado e crimes de guerra, 42,7% sinalizaram que sim e 36,7% que não.
A pesquisa ouviu 5211 pessoas, a partir dos 16 anos, em todas as regiões do País, no período de 17 a 20 de novembro. A aferição tem margem de confiança de 95% e margem de erro de 1 ponto percentual para mais ou para menos.
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