Mundo
Presidente da África do Sul acusa Israel de ‘crimes de guerra’ e ‘genocídio’
“A punição coletiva de Israel aos civis palestinos por meio do uso ilegal da força é um crime de guerra”, declarou Ramaphosa


O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, acusou Israel nesta terça-feira (21) de cometer “crimes de guerra” e “genocídio” em Gaza, durante declarações preliminares à reunião de cúpula extraordinária do grupo dos Brics, segundo a Presidência sul-africana.
“A punição coletiva de Israel aos civis palestinos por meio do uso ilegal da força é um crime de guerra”, declarou Ramaphosa.
“A rejeição deliberada de fornecer medicamentos, combustível, comida e água aos habitantes de Gaza equivale a um genocídio”, acrescentou.
Ramaphosa pediu um cessar-fogo “imediato e total” e o envio de uma força rápida da ONU para “monitorar o fim das hostilidades e proteger os civis”.
Pretória anunciou, ontem, essa reunião extraordinária do grupo Brics, cujos países-membros defendem um maior equilíbrio mundial, menos influenciados por Estados Unidos e União Europeia.
Também devem participar da cúpula os líderes de seus seis novos membros (Arábia Saudita, Argentina, Egito, Etiópia, Irã e Emirados Árabes Unidos), que devem ingressar no grupo a partir de janeiro.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.